O sucesso merecido de Fabiana Bracco
Fabiana Bracco e Didú Russo
Conheci a Fabi, apresentado pelo querido Amigo comum, Luiz Horta, o melhor texto de vinho “ever”… num longinquo Encontro Mistrala quando ela era Diretora Comercial de outro querido Amigo Daniel Pisano.
O Daniel Pisano deveria ser embaixador do vinho do Uruguay. Ninguém se equipara a ele secondo me, e a Fabi deveria ser a Embaixadora do vinho do Uruguay, por que também secondo me, ninguém se iguala a ela.
A Fabi tem sangue piemontês, linda, sensível, inteligente, amiga, bem informada, fala sete idiomas, o português brasileiro dela com um charme especial de sotaque que mistura carioca com paulista e um leve toque castelhano, faz com que todos pensem que ela é brasileira.
O pai da Fabi, sr. Darwin Bracco, tinha uma vinícola em Atlântida, perto de Montevideo, junto com sua esposa Mirtha, mãe de Fabiana. Quando o pai dela falece, Mirtha com dificuldades continua com o negócio.
Cansei de insistir com a Fabi para largar o que fazia e assumisse a bodega familiar. Mas ela trilhava um caminho de sucesso trabalhando internacionalmente para outras vinícolas. Mas, um dia ela decidiu. Naquele início fui com ela conhecer a Bracco & Bosca. Eles faziam um vinho simples, com todas as castas que haviam no vinhedo, maioria Tannat, mas outras também como Cabernet Franc, Petit Verdot, e as pessoas iam lá com seus garrafões comprar vinho diretamente do grande tonel. Custava U$ 1,00!!! Eu simplesmente ADOREI aquele vinho que provei. Cansei de insistir com a Fabi que envazasse em bag-in-Box aquele vinho e exportasse para o Brasil. Um dos melhores vinhos do Uruguay que provei. Tinha aquela coisa rara da elegância do rústico, hoje praticamente inexistente.
Acontece que o Didú é rústico, Didú adora o tannat rústico. A Fabi é sofisticada, tem a sensibilidade feminina, viajou o Mundo todo, tem um repertório de vinhos degustados e de mercado internacional que poucas pessoas nesse universo do vinho tem, e por tanto seus sonhos estavam bem além… E ela chegou lá. E como!!
Seus vinhos cansaram de ser reconhecidos pela mídia e pela crítica internacional e ela está fazendo um enorme e justo sucesso.
Um de seus primeiros tiros na mosca foi o seu Ombú Cabernet Franc que arrancou justos suspiros da crítica e estourou de vender, conseguindo o que todo pequeno produtor sonha: agregar valor ao rótulo. Hoje esse vinho está na faixa dos R$ 500,00.
Semana passada a Fabi me liga dizendo que faria uma degustação vertical das sete safras desse vinho, no gostoso Huevos de Oro das queridas Dani e Cassia, e que fazia questão da minha presença. Foi difícil acomodar, mas acabou dando certo mesmo na correria. Na ocasião gravei este vídeo com ela, veja…
Os vinhos estavam deliciosos e seguindo uma linha de muita coerência entre as safras, meus destaques foram as safras pares, curiosamente um pouquinho mais elegantes, algo que a Fabi concordou. Agradeço o convite, desejo muito mais sucesso ainda a Fabi, pois ela merece e espero que um dia ela volte a fazer aquele antigo vinho rústico elegante do sr. Darwin, nem que fosse uma barrica… Grazie. Bacio!!
Os vinhos da Bracco & Bosca chegam ao Brasil pela Cantu.