Nova Zelândia
Quando se fala em vinhos da Nova Zelândia, a Prem1um Wines é a principal referência. Foram meio que pioneiros em trazer vinhos de lá (a Expand touxe antes, como me contou o próprio Orlando Rodrigues), mas eles se especializaram nessa origem e hoje certamente têm o maior portfólio de vinhos de lá.
Acontece que o brasileiro conhece muito pouco daquele país. Então resolvi pedir ao Orlando Pinto Rodrigues, proprietário da Prem1um Wines, que respondesse algumas questões sobre esse tema para nos ajudar a entender a importância deles no universo do Vinho. Veja:
1) O brasileiro conhece pouco de Nova Zelândia. Na qualidade de importador da maior diversidade de produtores daquele país, o que você destacaria para o consumidor de vinhos?
Orlando Rodrigues: O principal destaque é a qualidade média muito alta. Grande parte dos produtores da Nova Zelândia são pessoas com uma grande paixão pelo vinho e pela terra. Isto faz com que até os maiores produtores se sintam pressionados a manter um alto padrão. Devido ao grande número de horas de insolação e ao clima fresco as uvas tem uma madurês muito boa, mas sempre preservando uma elegância que é a marca registrada da Nova Zelândia.
2) No que a NZ é mais importante? Em brancos ou em tintos?
Orlando Rodrigues: Sem dúvida os brancos. Os Sauvignon Blanc são a marca registrada do país, apesar de a Jancis Robinson considerar os Chardonnay os melhores vinhos da Nova Zelândia. Atualmente aparecem com destaque um novo estilo de SB, com alguma passagem por madeira, maior contato com as borras e algumas vezes corte com a Semillion. E além disso, alguns Rieslings que para mim estão entre os melhores do mundo.
Entre os tintos o grande destaque são os Pinot Noir, os mais elegantes que existem fora da Borgonha.
3) Como é o país em termos de sustentabilidade? Há muitos produtores biodinâmicos?
Orlando Rodrigues: A Nova Zelândia, por ter tido boa parte de seus biomas destruídos pelos colonizadores ingleses, aprendeu muito, e deve ser hoje um dos países que tem mais cuidado com o seu meio ambiente, além de ser um caso único de respeito à cultura de seus povos ancestrais. Basta dizer que a língua Maori é de ensino obrigatório e deve ser usada em todas as cerimônias oficiais.
Existe um grande número de produtores orgânicos e biodinâmicos, principalmente na região de Central Otago.
4) Gostaria que destacasse dois exemplos de brancos e dois tintos considerando: a) bom preço e b) Imperdível que tem que experimentar algum dia.
Orlando Rodrigues: Sempre devemos considerar que os vinhos da Nova Zelândia nunca são propriamente “baratos”. É interessante notar que os vinhos da NZ são aqueles de maior preço FOB no mercado brasileiro, assim como o são no mercado inglês, com preço médio acima dos franceses.
Bom preço:
Brancos: Sanctuary Marlborough Riesling – R$159,00 Stoneburn Marlborough Sauvignon Blanc R$ 142,00
Tintos: Trinity Hawke’s Bay The Trinity – R$ 176,24 Stoneburn Marlborough Pinot Noir R$ 219,00
You must try:
Brancos: Clearview Sauvignon Blanc – R$ 329,00 Neudorf Moutere Riesling Dry R$ 305,00
Tintos: Rippon Pinot Noir – R$ 633,00 Stonyridge Larose R$ 1009,00
Para esses vinhos mais caros, que raramente são encontrados em lojas e restaurantes, damos descontos bem especiais.
Quando fiz a série de vídeos O Aprendiz de Sommelier, em uma de suas etapas eu falo de Terroir, vale você assistir o capítulo da Nova Zelândia que está aqui em baixo. Saúde!!