Visitando Garzon ao estilo Bulgheroni…
Bodega Garzon
Esta foi a quarta vez que visitei a Bodega Garzon, a primeira vez ela quase não existia, acho que era 2013, e apenas parte da bodega estava construída e apenas a parte de azeites estava pronta. Os irmãos Bulgheroni compraram nada menos que 2.200 hectares de terras lá em 2006, quando 1 hectare de terra valia apenas U$ 600,00, hoje vale US$ 36.000,00, vejam como dinheiro realmente chama dinheiro… hahahaha mas foi ele o responsável por o que é hoje essa região. A Bodega virou sinônimo de Garzon, nome da região, há inclusive Pueblo Garzon que é uma beleza de lugar, pequeníssimo, com menos de 200 habitantes em um restaurante espetacular de Francis Malman.
Punta que já era há anos o point de milionários do Mundo todo no alto verão, a “cereja do bolo” do Uruguay, passou a contar com uma vinícola absolutamente inimaginável ao perfil do Uruguay, após a Garzon de Bulgheroni. Para se ter uma idéia da frequência do lugar, que recebe hoje nada menos do que 35 mil visitantes ao ano, o lugarejo de Puenlo Garzon tem nada menos do que 16 garlerias de arte…
Bem, como dizia, esta foi a 4a vez que fui a Garzon, porém desta vez, a convite da Cris Neves, fiz uma viagem em digamos “Bulgheroni Style”… hahahahaaaaaaaa.
Começa que fomos recebidos no aeroporto de Carrasco em van da própria Garzon e com a presença do simpático, bem humorado e atencioso Nicolas Bonino, que conheço de longa data. Nossa programação foi muito de muita classe, capricho e carinho.
Imaginem que nos tres dias que ficamos lá, apenas um foi de visita a Garzon em si, os outros foi de visita a museus, passeios, almoços e jantares. Um luxo de verdade e em altíssimo estilo. Em Casapueblo do meu saudoso Amigo Vilaró, por exemplo, a visita incluía a parte privada do que hoje é um complexo de galeria de arte, hotel, restaurante, pois visitamos partes fechadas como seu atelier, e partes da casa onde hoje reside ainda sua última esposa.
Casapueblo em visita privada
Vários fatores contribuiram para o sucesso dessa viagem, o grupo formado pela Duda (Maria Eduarda Viera), lá de Recife, um doce de pessoa que tive o prazer de conhecer, o Pedro Fadanelli, educado, conhecedor, modesto e bem humorado, e depois juntou-se a nós no dia seguinte o Christian Burgos. estava bem sintonizado e todos se deram bem e se entrosaram, coisa que nem sempre acontece e todos aguentaram o Didú contando histórias… hahahahaaaaaa.
O Hotel onde nos hospedaram era excelente, o The Grand Hotel, super confortável, bom serviço, ótimo café da manhã. Também o roteiro e as gentilezas dos anfitriões colaboraram muito para isso, pois souberam driblar com classe e elegância o que é mais comum nessas viagens, uma enxurrada de degustações muitas vezes exaustivas. Não, no caso da Garzon nessa viagem, nós provamos todas a sua linha e inclusive garrafas especiais, aos poucos, em situação de consumo mesmo, que contribuiu para o sucesso.
Nós almoçamos ou jantamos nos seguintes endereços, que recomendo, todos de muita qualidade, bonitos, com bom serviço, pela sequência foram: I’marangatú, o Lo de Tere, o Fasano, o Muelle 3, além do próprio restaurante da Garzon, comandado pelo Malman e o Chef Nico Acosta.
Foto do Nicolas Bonino
Os passeios que contemplaram city tour e novidades da região, tiveram seus pontos altos com a inclusão de arte e com visitas exclusivas na Casapueblo, com direito ao por do sol ao som do poema Ola Sol declamado pela própria voz de Vilaró e com direito a Espumante Rosé da Garzon, e o passeio no MACA, Museo de Arte Contemporáneo Achugarry, que é simplesmente espetacular e que estava fechado, mas por gentileza deles a Garzon, foi feito um tour privado conosco.
Não bastasse tudo isso, fomos abençoados com algumas coincidências divinas, como por exemplo, dias lindos ensolarados e frescos, aquela brisa de Punta…, todos estiveram bem, não houve nenhum incidente, juntou-se ao grupo em alguns momentos pessoas especiais, como o enólogo chefe da Garzon, o Germán Bruzzone, competente, discreto, modesto e de ótimo humor refinado, osuper craque, meu Amigo, o enóplogo consultor de Bulgheroni em diversas vinícolas, Alberto Antonini e também o Christian Wylie, o braço direito de Bulgheroni.
Para vocês terem uma idéia do privilégio do momento, em nosso almoço no Fasano com Antonini, não estava previsto, mas ele e o Germán haviam degustado pela manhã, todas as safras de Balasto, o vinho ícone da Garzon, para definição da safra nova, eles resolveram compartilhar com o grupo essa experiência única, que não se pode comprar, mas que nos ofereceram… Que sorte a minha de ter escolhido escrever sobre vinhos e não sobre parafusos, não?… hahahahahaaaaaaaa.
Carrinho de Chá Cristofle
Para encerrar essa festa a la Bulgheroni… o Chrystian Wylie ainda nos pivilegiou com uma visita ao exclusivíssimo Club Garzon, limitado a 50 membros, que não podia ser nem fotografado e nem filmado… que é algo muito fora do padrão de qualquer coisa que você já viu na vida em termos de classe e requinte. Algo como o clube do Castiglion del Bosco, para você ter uma idéia, o Bulgheroni gastou € 999.000,00 (não me enganei ao digitar não…), em alguns carrinhos de chá da famosa empresa Christofle para seus eventos… que tal? Assim tipo Palácio de Buckingham… saindo de lá ainda fomos assistir ao pôr-do-sol no Vik de Punta… Nada mal não? Agora estou de volta ao meu Refúgio Biodinâmico com boas lembranças na minha bagagem.
No vídeo abaixo registrei diversos momentos dessa viagem que deixou saudades. Aproveitem.
Agradeço a Garzon, a Cris Neves, a todos os envolvidos que tornaram esses momentos inesquecíveis e muito gratificantes para mim. Grazie!! Ah… já ia me esquecendo, os vinhos estavam deliciosos… hahahahahaaaaaa.