Quando o Didú foi o Onassis…
Completamente “ubriaco da martedi…” o Didú se lembra de quando foi o Onassis… hahahahahahahaaa. fiquei sozinho a casa o que é um perigo. Como terei algums viagens proximamente vou me antecipando com o trabalho dos Dicas do Didú, que as pessoas pensam que não dá trabalho. Dá trabalho e bastante. Meu canal de Youtube faz sucesso e preciso dar atenção… Então tirei o dia para produzir material e responder as questões que me enviam e que confesso, gosto bastante de fazer, pois me instiga, me faz estudar, rever, pesquisar para não falar bobagem e assim ajudar o chatgpt… hahahahahaaaa mas cehga uma hora que começa a dar fome e então abro primeiro um vinho, para continuar a trabalhar e depois resolver o que comerei… Resolvi que esquentaria o Rigatoni que sobrou de domingo e abri um vinho espanhol que ganhei do Andree Maculan da Via Vini. O Prima, um super show de Tinta de Toro, um dos vinte nomes da Tempranillo e Garnacha que adoro. Adoro as duas, confesso. Acho um tanto um sacrilégio essa harmonização de rigatoni al sugo com vinho espanhol mas “che me ne frega…”… hahahahahahaa estava ótimo, basta ver a foto abaixo, eu costumo fazer para mim uma travessinha, melhor que prato, assim não preciso repetir e se for muito vou dividindo con il cani… hahahahahahahaaaaa.
Bem… enquanto esquenta a travessinha, faço um aperitivo com pão, manteiga, salame, sardela e alichela, que sempre há… o tempo passa, Didú começa a ficar como gosta… o prato fica pronto. a sleção de “canzonetas napolitanas” do Spotify insiste em incluir algo em castelhano nas canzonetas, fico com vontade de quebrar o celular… italiano é foda, não aceita isso e eu nem italiano sou…. hahahahahahaa. mudo a música e tudo bem, entra italiano novamente, Nico Fidenco…Legata a um granello di sabbia… Madona Mia… caio no tempo, volto para minha juventude, o rigatoni está quase no ponto e a garrafa avança para seus 40%… então me lembro de escrever sobre o dia em que o didú foi o Onassis…. hahahahahahaa O Beto Duarte vai adorar, pois sempre me pede pra contar esse trecho de minha vida. Estará certamente no livro Memórias do Didú e textos ubriacos… tenham certeza. Mas vou adiantar aqui pra vocês.
Aristoteles Onassis
Então vamos lá… Era início da década de 70 e o Didú garotão foi trabalhar como oficial de Gabinete na Secretaria de Cultura Esportes e Turismo do Estado de São Paulo, lá no Palácio dos Campos Elíseos. O secretário era o Pedro de Magalhães Padilha que era padrasto do Cacá meu querido e saudoso Amigo Carlos Eduardo de Barros.
O Pedro gostava muito de mim o que gerava um certo ciúmes no Cacá… hahahahaaaa e então eu saía pela noite gastava minha grana e no dia seguinte o Pedro me chamava para saber qual teria sido a farra e depois me dizia; pegou nota fiscal? Sim Sr. Secretário. Então me dá aqui.. Assinava o verso e dizia; vai lá na Dona Quinquinhas e recebe de volta… hahahahahaa era a verba de representação que ele tinha pelo cargo…
Eu estava vivendo em um mundo irreal, pois morava com o Papai, não tinha despesa alguma, ganhava 4.500 dinheiros que eram cerca de uns 20 ou 30 salários mínimos e ainda era reembolsado das despesas das minhas farras…. hahahahaha Didú sortudo.
Muito bem, eu sonhava com a vida do Onassis, o famoso armador grego Aristoteles Onassis. Achava o Onassis o máximo, pois ele gastava a grana que tinha. Seu sempre detestei o comportamento muquirana da maioria dos milionários pão duros… que feio isso, Que vergonha. Deus lhe dá essa vida e o cara fica pão duro?! Pra que serve a grana então? Me indignava e tinha muitos Amigos assim e meu próprio Pai era assim. Eu não eu sempre fui perdulário e sempre gastei com o que tinha vontade e podia…
Então eu lia aquelas notícias do Onassis e ficava babando. Onassis deixa Jacqueline em Joalheria e diz a ela: “gatse meu amor, gaste bastante dinheiro…” Nossa!!! Madonna Mia!!! Esse cara é muito foda. Até que um dia abro o jornal e estava lá. Onassis sobe na mesa da boite tal em Mônaco e paga a noite de todos em um grande brinde!!! Nossa… agora foi demais. Aquilo não me saía da cabeça.
Nessa época estavam aparecendo os cartões de crédito, pois havia apenas o Cartão Diners, mas de repente começaram a surgir vários outros cartões e eu então ganhei um cartão de crédito Credicard.
O Credicard na época não tinha limite. Pode acreditar isso? Você usava e no fim do mês vinha a conta e você pagava e ainda poderia parcelar em três vezes sem juros… Fiquei com o cartão no bolso e nunca usei. Não tinha o hábito.
Acontece que o Padro Padilha então criou o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Era chic, Campos era chic, tudo era menor e bem frequentado, era elite.
E então mandou eu e o Cacá lá pra Campos para trabalharmos na organização do evento. Tinham músicos de toda parte, o Maestro Hugh Joss, O Maestro Eleazar de Carvalho, coros, solistas, uma enormidade de grandes figuras e eu e o Cacá hospedados no Palácio do Governo de Campos do Jordão, que hoje pode ser visitado para você ter uma idéia da suntuosidade.
Foi uma farra danada, pois os dois jovens e com essa posição, você podem fazer uma idéia não? E aquelas recepcionistas todas… Madonna Mia…
Bem, uma certa noite fomos ao Só Queijos, acho que existe ainda hoje. O Só Queijos era genial, havia uma lija no Iguatemi que vendia queijos e tábuas de queijo já prontas. Você dava o número de pessoas e eles montavam as porções necessárias. Foi bem conhecido nessa época.
Em Campos era tipo um bar e tinha música ao vivo, um conjunto de jazz super elegante. Cacea e u estamnos lá com umas moças e bebendo todas e curtindo a noite até que me vem à cabeça a história do Onassis…. hahahahahahaha
Ora, por que não? Vamos usar o Credicard e ter a sensação do Onassis ao menos uma vez na vida… Imagine os Deuses lá em coma se divertindo com o Didú…
E não deu outro. Subi na mesa, abri os braços, pedi que a música parasse e diante da admiração geral eu disse: “Por favor, pode fechar a conta de todos que eu vou pagar hoje!!!!” Tive a sensatez de fazer isso em um horário que não estivesse tão avançado assim, e nem pagar a noite toda, mas fechar a conta naquele momento, evitando que algum malandro pedisse uma garrafa de Royal Salut…. hahahahahaha
Veio a conta, e eu nem vi quanto era e dei o cartão. Nnao havia conferência de nada, não havia sistema, era um papel com copia carbono que passava o cartão e você assinava!!!! Meu Deus. Foi um sucesso total. Como me senti bem… Fiquei orgulhoso do cara que eu era…
No dia seguinte para você ter uma idéia, eu era apontado pelas pessoas na rua… aquele lá… foi aquele cara lá… foi o fato do inverno de 1971.
Hahahahahahahahahaaaaa… muito bem, passam os dias, a vida volta ao normal até que chega a fatura do Credicard!!! Madonna Mia!!! Eu já havia esquecido… Não me lembro examente o valor, mas o fato é que eram cerca de uns 50 mil dinheiros e eu ganhava 4.500 dinheiros!!!!
Putz… fui até o escritório do cartão que era na Brigadeiro Luiz Antonio e procurei o gerente que gentilmente me atendeu.
- Boa tarde, eu recebi esta fatura mas não tenho condições de saldá-la de uma vez só.
- Não há problema, o sr. pode dividir em até três vezes sem juros.
- Pois é agradeço mas não é suficiente.
- E se nós fizéssemos em seis vezes?
- Também não dá.
- Bem, posso fazer 12 meses mas terá uma pequena correção.
- Meu Amigo, preciso lhe dizer o que aconteceu… e contei a história.
- Nesse caso meu amigo, vou abrir uma exceção e lhe parcelar em 24 vezes mas o sr. não poderá usar seu cartão até saldar o valor total…
- Muito obrigado
E assim, com os Deuses rolando de rir do Didú lá nos céus eu fiquei dois anos pagando aquela noite de Onassis…
Hahahahahahahaaaaaaaa. bem, era isso, vou tirar uma seoneca pois tenho muito a fazer, e quando me perguntam, mas Didú você foi feliz, eu apenas mostro estas tres fotos… e digo, não vou colocar a dos Amici pois não caberiam aqui… Grazie Dio!!!!!