Didú Ubriaco em plena 2a feira pensando na mediocridade…
Pois é… semana passada exigiu demais do velho Didú que por duas vezes secou o camisa suada no corpo. Isso nunca foi bom e se a Dna. Nazira fosse viva eu estava ferrado… resultado, uma gripe. Fui forçado a cancelar a agenda da segunda, e aproveitei para fazer um belo risoto de queijo cremoso português com uns quiabos tostados e um Sauvignon Blanc Hieghlander do meu Amigo Piter Frick.. veja aqui…
Bem, antes de mais nada peço que não sejam nem preconceituosos com um texto ubriaco, e nem sejam críticos com relação a isso. Aliás, curei inúmeras gripes com um pifão… garanto. hahahahaha.
Bem mas eu falava da mediocridade. Divido em duas partes…
Mediocridade 1: Pró-Vinho
Acho que todos sabem dessa iniciativa. Até postei um 1º de Abril aqui que vocês devem ter lido… de qualquer forma, é uma brincadeira para nós que vivemos no universo do vinho no Brasil. Ano passado o vinho importado ficou praticamente estagnado e o vinho brasileiro não há quem saiba dar um número. Uma vergonha total.
Um país que poderia instantaneamente estar vendendo cinco vezes mais o que vende, fica de braços cruzados, esperando que alguém faça alguma coisa. Trabalha egoísticamente só para si. Como sempre fez e que chegou até aqui… Trabalhar pelo todo? JAMAIS! Não há inteligência para isso. Um trabalho associativo pelo todo? NUNCA!!! Quero saber do meu… é assim. Esquece. Contra fatos não há argumentos… A maioria continua fazendo o mesmo e esperando resultados diferentes… Parece piada mas não é. O trabalho associativo de qualquer forma continua p0r conta de uns poucos abnegados visionários que estão acima da vaidade e do egoísmo, vendo o óbvio. O tempo dirá…
Mediocridade 2: O Vinho Natural
O mercado do chamado Vinho Natural é tão evidente que até as lojas Nicolas em Paris exibem vinhos ditos “naturais” em suas vitrines. Se você for a Paris hoje, duvido encontrar um bar a vin ou um restaurante que se preze que não tenha um vinho natural em sua carta.
Quando entrevistei a Isabelle Legeron das famosas Raw Fair de vinhos naturais, ele foi taxativa: “Não se trata mais nem de tendencia e nem de modismo, veio para ficar….”
Só que aí tem o fator Brasil, tem o fator comércio, tem o fator caráter… e então muda tudo. Brasil é foda. Realidade é foda e os mais ardorosos e sinceros defensores dos “Vinhos Naturais” acabam sucumbindo… E então se encontra vinho de uvas comuns vinificados sem intervenção que se intitulam “Naturais”, tem vinhos que não apresentam qualidade alguma, mas com uma boa pegada “Natural” e de preço muito convidativo… bamba. Vamos nessa. Nada como comprar por 120 e vender por 250, não é , mesmo?
E então, tudo pela venda e pelo faturamento e foda-se a dignidade e o critério de quem conhece DE FATO, vinho Natural de Verdade e de Qualidade.
Assim, vinhos de R$ 300,0o de tradicional e renomado produtor natural passa a ser considerado “caro” enquanto um vinho natural pela metade de 490,00 mas com o nome de um produtor tradicional passa a ser palatável…
Onde está o Sommelier que acredita em um causa e que poderia estar fazendo sua parte e contribuindo para a cultura do vinho? Aliás, esse cara hoje, é valorizado? Onde?… Me contem.
É triste. Muito triste essa MEDIOCRIDADE. É sempre a grana, é sempre o negócio e a dignidade e a convicção ficando em segundo plano… Tudo bem. FODAM-SE TODOS. Eu não preciso disso.