Giro d’Itália dia 5 – Castiglion del Bosco
Sentados da esquerda para a direita: Wantuil, Tuka e Serginho. Em pé Didú e André
Outro dia esse grupo acima fotografado na sala adega especial do Castiglion del Bosco (cada armário custa € 40 mil acredita?… e dá pra você comprar um hahahaaaa.), estava discutindo a melhor lembrança dessa viagem que ainda estou escrevendo o dia 5… que coisa mais difícil de fazer. A cada edição de tantas imagens que fiz e a cada texto, me transporto para lá novamente e às vezes pequenos detalhes, fragmentos de slides da memória invadem o nosso sentimento transformando o momento.
Saímos de Carmigniano em direção a Montalcino, iríamos visitar o imponente e classudo Castiglion del Bosco que a Via Vini importa há dez anos e que é uma preciosidade, com vinhos em diversos niveis, todos de vinhedos orgânicos e muito bem feitos.
O Castiglion del Bosco que era de Massimo Ferragamo, hoje pertence a um árabe do ramo hoteleiro que investiu nada menos de € 5.000.000,00. isso mesmo, o número não está errado não. Mas por sorte ele pediu que não mudassem nada na propriedade. Todos ficaram felizes, claro. E aliás na Toscana não se pode mudar absolutamente nada, por essa razão são patrimônio da humanidade e todos acham lindo lá. Não se muda e punto e basta. Para quem não acredita, fique sabendo que se você comprar uma casinha lá no meio dessa paisagem, você não pode nem mudar a cor da parede da casa!!! Você não pode revesti-la de pedras por exemplo, pois ela não foi registrada e autorizada assim…
Mas falava dos fragmentos de slides de nossas memórias… vinha no carro com o André ouvindo Ennio Morricone quando me deparo em Cerbaia, um lugarejo onde fica o Café Pimpina que tantas recordações tenho com a Nazira de quando fiquei hospedado na vinícola do meu Amigo Luiz Barichello, a Tri Turris que fica bem pertinho de lá.. então vieram os fragmentos embalados pela música de Morricone. Tanto eu como André nos emocionamos, cada um com seus fragmentos e para mim foi um momento muito especial, pois aprendi a viver feliz com boas lembranças e agora esse momento fica guardado para novos futuros fragmentos da memória.
Os caminhos na Toscanas são todos absolutamente maravilhosos e com Morricone ficam ainda mais lindos, tenha certeza, melhor que rock… hahahahaaaaaa. Logo no início do vídeo, que é longo (mas absolutamente lindo e ainda tem Didú ubriaco no final), mostra esse momento mas o Youtube certamente vai reivindicar os direitos que que não tenho das musicas de Morricone… são insensíveis mesmos essas IA.
Muitos me escrevem perguntando a respeito dessas visitas, esperando poder repetir o que fiz e postei… peço desculpas e lamento muito, mas o Didú é privilegiado, pois visitar um produtor com seu importador, você certamente recebe honras acima do normal, como degustar de barricas, degustar safras antigas (ou seriam velhas heim Pagliari…? não me lembro), degustar vinhos particulares, de pouquíssima produção e coisas, que se você não é um comunicador do setor (que obviamente interessa ao produtor), e nem está com seu importador, não adianta querer por que são daquelas coisas que não têm preço, entende?
Como dia esse dia guarda grandes lembranças como a parada a cinco minutos de chegar apenas para olhar a vista rapidamente… todos se lembram com saudades. Que coisa mais linda. Depois a receptividade do Roberto Rusciutto que nos acompanhou na cantina, nos vinhedos, na degustação, no almoço, nos mostrou tudo com elegância, simpatia e educação. Eu continuo achando que a vida com elegância é muito melhor…
Um ponto alto desse dia aconteceu quando degustamos o Permassimo, um vinho super top do Castiglion del Bosco, que quando pedi ao Roberto que explicasse o vinho ele pediu que o André Maculan explicasse. Por que seria?… Bem isso você saberá assistindo ao vídeo… outra coisa; qual o tamanho da propriedade, qual o tamanho do vinhedo, por que algumas parcelas são mais importantes e que vinhos vêm de lá? Isso você também saberá assistindo ao vídeo.
Didú e André na sala de barricas de Castiglion del Bosco
Você sabia que os vinhos top deles estagiam um tempo em tanques de cimento antes de serem engarrafados? Mas por que seria isso? No vídeo você também ficará sabendo. E Didú ubriaco também você verá assistindo ao vídeo. Aliás não está gravado o desafio, mas a declaração do André a respeito de um desafio… que aliás é comum e é comum também o Didú errar e chamar urubú de “meu loro”… hahahahaha mas desta vez a minha extrema sinceridade me fez acertar algo absolutamente impensável. Me deram para provar um vinho branco às cegas e pediram que eu disse que uva era… tudo bem, vinho servido, era branco, (trebbiano? Malvasia? Vernaccia? pensei…), levo ao nariz e pergunto; “é daqui?” sim, sim, responderam, daqui da propriedade. Respondi:” Curioso pois o nariz é de sauvignon blanc… (eles se entre olharam…) e agora o mais incrível, disse, a bocqa é de riesling!!! Devo estar louco… ” hahahahaha todos se admiraram pois era um raro “Incrocio Manzoni” de Sauvignon Blanc e Riesling!!!! Fiquei feliz, mas isso é raríssimo.
Sei que você deve estar se perguntando o que é Incrocio Manzoni. Incrocio significa cruzamento e Manzoni foi um estudioso italiano que na década de 50 criou diversos cruzamentos genéticos de vitis-viníferas…
Bem, abaixo o vídeo para você se divertir e ganhar conhecimento. Saúde!!