Giro d’Itália dia 4 Carmigniano
Chegamos em Carmigniano para visitar o Artimino, que tem um hotel lindo dividido em dois projetos, um deles mais moderno e outro é um Borgo, onde ficamos. Visita simplesmente inesquecível a um lugar histórico e importantíssimo na história do vinho italiano. Carmigniano é pequeníssima…
Eu adoro esses “borgos” reformados que nos faz viajar no tempo e ao mesmo tempo curtir a comodidade dos dias atuais.
Fomos recebidos pelo jovem e entusiasmado Roberto Pivetta que nos mostrou os vinhedos e a vinícola. Carmigniano me chama a atenção, pois poucos sabem, mas já no século XVI a minúscula região de apenas 200 hectares de vinhedos já era “obrigada” a plantar cabernet sauvignon por influência de Catarina de Médici.
Muitos italianos inclusive consideram ser Carmigniano a primeira DOC do Mundo quando em 1716, Cosimo III, Grão-Duque da Toscana, regulamentou a produção de vinhos de Carmignano,
Minha curiosidade vem do fato de que Carmignianoi foi a primeira região na Itália a plantar a casta Cabernet Sauvignon ter Cabernet Sauvigon e nunca ter sido a região a criar os super toscanos… Ainda hoje, um Carmigniano precisa ter um mínimo de 65% Sangiovese, com máximo de 90%. Cabernet Sauvignon mínimo de 10% e máximo de 20%. Pode ter 10% de uvas complementares e outros 10% de uvas internacionais. Pode ter Canaiolo, Colorino. É a única DOCG em que você tem que colocar um mínimo de Cabernet. Como se sabe, Chianti Classico agora permite Cabernet, mas não é um dever. Para Carmigniano, é obrigatório. Lá você não pode fazer um Sangiovese 100%. Por que não foram eles a fazer um supertoscano?…
Bem, os vinhos de Artimino são deliciosos e nossa hospedagem lá foi muito gostosa, confortável, seu restaurante é uma delícia. Neste post os vídeos falam mais do que eu certamente. Vejam.