Os “Grands Crus” do Castello di Montepò

Tancredi Biondi Santi e Didú

Que privilégio… Ontem à noite foi como caminhar nas nuvens… jantar no gostoso Mondo, na companhia de Otavio Lilla e de Tancredi Biondi Santi, além de colegas do colunismo do vinho, para conhecer em primeira mão os “Grands Crus” do Castello di Montepò.

No Castello di Montepò, da  colheita de 1991, Jacopo Biondi Santi produziu o famosíssimo Sassoalloro, feito a partir das mesmas uvas de Brunello, mas vinificado de forma inovadora para criar um vinho de prontidão instantânea sem perder a longevidade característica dos grandes vinhos da Toscana. É um vinho de enorme sucesso e muito apelo, com seu sabor macio, aveludado, elegante e aroma frutado fresco, unido classe e equilíbrio com todo o sabor da Sangiovese.

Os tres “Grands Crus” do Castello di Montepò

O Fontecanese é um elegantíssimo Cabernet Sauvignon, que compete em qualidade com um Cru Classé de Bordeaux, mas com um inegável acento italiano. O Maceone e o Poggio Ferro são dois vinhos elaborados com a Sangiovese BBS11, que mostram como dois terroirs podem originar vinhos completamente distintos, mas igualmente maravilhosos. Um mais austero e outro mais delicado, tudo em função da diferença de solo.

Os vinhos vendidos apenas 1 garrafa por cpf, pois a disponibilidade é muito pequena está na faixa dos R$ 650,00 e a caixa com as tres garrafas está esgotada…

O clone BBS11 é de propriedade da família Biondi-Santi, uma patente e exclusiva deles, trata-se de estudo feito pelo pai de Tancredi, Jacopo e seu avô Franco junto com a Universidade de Firenze que estudou 52 amostras das melhores amostras do Sangiovese Grosso “Brunello” de sua propriedade e a amostra BBS 11 foi a escolhida.

Realmente tem personalidade distinta de outros vinhos com a casta “Brunello” ou Sangiovese Grosso que conheço. Perguntei sobre os novos proprietários do famoso Brunello Biondi Santi e Tancredi me informou que eles têm o direito de uso dos BBS 11 por vinte anos apenas e não podem comercializar mudas delas, embora se saiba que há aqui ou alí algum “contrabando”…

Tancredi também não informa sobre a forma de vinificação de seus vinhos, guardado em “segreto di famiglia”, compreendo. Os vinhos são espetaculares. Agradeço a Mistral e ao Castello di Montepò oportunidade. Gravei alguns momentos com o Tancredi e o Otavio, vejam. Saúde!