Ubriaco, Solo e a Freirinha do Sion…
Fazia um sol sensacional em pleno inverno. É São Paulo, é país tropical, é assim mesmo…
O Ramatis ia sair de rolê e delineei meu dia… beber ao sol e curtir minha absurda cabeça incansável a pesquisar textos, crônicas, pensamentos diversos, questionamentos.
Fui caminhar, afinal depois do Roka que ganhei dos filhos (sei que foi o Sensato), o incentivo a caminhar é imenso. se você precisa de incentivo para caminhar compre um Roka, é muito foda. Sei que é bem caro, mas vale, acredite…
Voltei fui pro sol, e comecei a ler e a degustar diversas coisas… não é normal, mas hoje foi assim, um vermouth de Jerez da casa Fernando de Castilla, já provou? Espetacular. Depois fui para as garrafas abertas, um restinho de Sauvignon Blanc do Quereu, incrívelmente agradável após mais de uma semana. Parti para um Portônica com o Graham’s Extra Dry.
Até que o Ramatis me trouxe uma das gororobas deliciosas que ele prepara com duzentas coisasse foi deixando aos meus cuidados uma geléia com as deliciosas amoras do nosso Refúgio Biodinâmico e um pouco de macãs… ainda estão no fogo baixo apurando…
Então já alcoolizado fui tomar um banho, mas percebi que o sol que estava previsto terminar continuava a mil… me senti mal em deixa-lo lá… Voltei e claro que fiquei ubriaco… Caetano no spotify continuava a me incentivar… Show.
Bom, tá bom didú? Mas qual é a da freirinha afinal?.. hahahahahahaha
Fui tomar banho, me vesti e vim para o computador pra por pra fora para vossa diversão e meu sossego…
Outro dia, fui a um evento da Chandon, no restaurante do Jacquin. No andar de cima qonde há um espaço reservado, havia uma decoração com alguns quadros e me deparo com esse aí da foto… Nossa!… que viagem. Voltei aos anos sessenta do século passado.
Eu e meus amigos que era uma mescla linda da sociedade, com milionários, classe média e favelados, saíamos à tarde atrás de bagunça, farra, futebol, etc.,… Bem, estou falando dos meus 13 anos…
Eu vivia no Pacaembu e Higienópolis, Papai como um perfeito classe média em acensão tinha que estar por alí… claro, se fez sozinho, queria conquistar a sociedade e fez isso pelo caminho da grana, contrário total da Mamãe, nobre, finca, culta, educada e não dava a menor bola para isso, era nobre de fato, tratando a todos igualmente e com respeito. Raro. Show. Dona Yonne.
Bem, nós costumávamos pular o muro do colégio Sion, na esquina da rua Maranhão com a Piauí, era um terreno enorme de saibro com uns pinheiros… Não podíamos, era um lugar feminino e a freiras e noviças vinham sempre nos mandar embora… a gente pulava pra fora de novo e depois de uns minutos voltávamos… o campinho era show…
Quando a freira velha e meio barbuda não estava, funcionava bem, e as noviças até traziam um lanchinho pra nós… bem, havia uma delas que era linda. Chamou minha atenção, dava uns sorrizinhos marotos…
Eu, claro sonhava com ela. Ficava pensando a troco de que uma mulher linda daquelas teria decidido entrar para um convento… Meu Deus, que desperdício. E assim ia meus primeiros sonhos eróticos de um garoto que sonhava com a Dona Othayde, professora avant-garde de desenho e suas pernas lindas e sua pintura exótica dos olhos com o riscado comprido para o sentido do nariz e não para fora… genial aquilo, tinha estilo e que pernas tinha a Dona Othayde meu deus…
Pensava na tia Ruth, a imbatível tia Ruth e sua cruzada de pernas que mostrava a pontinha da liga que prendia a meia de nylon… que que era aquilo meu deus… Eu precisas desvendar, Queria seguir aquele caminho das riscas das meias dela… Claro que tinham as primas também, que pouco deixavam, tinha a Maria, empregada da tia Lucila, nossa vizinha que se mostrava no banho pois sabia que eu a olhava do meu banheiro… quantos sonhos de um menino querendo conhecer o sexo.
E a freirinha… Pensava sempre naquela freirinha linda, como ela fazia? não tinha desejos? E como seria aquele corpo escondido naquelas roupas que para mim misturavam autoridade e fascínio?… O que será que ela fazia? E por que me olhava daquela maneira?… Claro que curtia meus olhares também…
Tinha também aquela Mãe de um querido Amigo, a quem não sucumbi diante de tantas provocações e convites. Preferi respeitar meu Amigo. Acho que fiz bem… ou não?… Bem, como disse meu Pai um dia: “Meu filho na minha idade vai ser igual a sua lembrança, se você a teve ou não, é a mesma coisa. Os dois queriam, mas você preferiu respeitar seu Amigo e isso me enche de orgulho”… Bonito não? Mas ela incomodou viu… hahahahaha
Bem, passam os anos e encontro a Nazira. Ela havia estudado em escola de freiras e interna. Tinhas suas histórias interessantes e sensuais sobre o início da libido. Contei pra ela do meu desejo pela freirinha do Sion e rimos muito. Até que um dia passando em frente a uma loja de fantasias, havia uma de freira… Bingo!! hahahahahaha não deu outra, alugamos o hábito falso e a Nazira se vestiu com ele e eu a levei até as redondezas do Sion e dei a volta na quadra e fizemos nosso teatro. Fomos a um motel e nos esbaldamos com nossas imaginações… hahahahahahahaaa Saudades. Aliás saudades das mais de seis mil transadas que tivemos. Só não entrei proGuinessBook como recorde de transar com a mesma pessoa tantas vezes, por que eles exigem comprovação…. no meu “taccuino” apesar de ter até as negativas dela, e as minhas falhas, eles não aceitaram… Hahahahahahahahahaaaa