Entre Vilas de Rodrigo Veraldi. Mundo a parte…
Ontem foi dia de visitar o Rodrigo Veraldi no Entre Vilas em São Bento do Sapucai. O programa pode ser feito em um dia de bate e volta, mas não recomendo, pois é um programa pantagruélico e não há como ser diferente, o Rodrigo Veraldi é assim…
Conheci o Rodrigo numa Naturebas e adorei seus vinhos. Adorei por dois motivos; é de São Paulo, estado que está bombando nos investimentos em vinho. São Paulo hoje conta com mais de cem vinícolas e há de tudo, desde os internacionais e bem feitos vinhos da Guaspari até autênticos e com sotaque como s do Rodrigo Veraldi no Entre Vilas.
O Rodrigo produz maravilhas lá, vinhos quase orgânicos, não usa a dupla poda por não querer o Dormex usado para “acordar” a vinha depois da dupla poda e que é super tóxico, inclusive para quem aplica. Ele usa uma cobertura plástica que serve para evitar diversas pragas oriundas a humidade.
Rodrigo Veraldi
Todos os seus vinhos são de fermentação espontânea e ao coloca-los na boca isso é evidente. A paisagem está evaporando da taça, você olha as araucárias e elas mostram seus aromas e sabores no vinho. Espetacular. Personalidade. Isso é terroir, é o vinho mostrando o que é e não o que o enólogo quer que ele seja. Essa é a diferença e há quem não goste. Eu adoro.
O lugar é um sonho. Gravei um vídeo que mostra bem o clima do Entre Vilas…
Seu projeto está totalmente integrado. Ele consome tudo o que produz no próprio Restaurante. Sua antiga casa hoje serve para abrigar até dez pessoas numa sedutora e gostosa casa de campo logo atrás do Restaurante.
De segunda feira até quinta, Rodrigo é o agrônomo competente que colocou o lúpulo brasileiro, da Mantiqueira no mapa mundi do lúpulo… e que cuida em detalhes de toda a produção de seu projeto Frutopia. E de sexta a domingo ele é o “chapeiro” como se intitula no comando de uma rústica, convidativa e saborosa cozinha.
A sequência de pratos tem nada menos que seis etapas e custa R$ 290,00. Um volume que para mim é muita coisa, fui educado a nunca deixar comida no prato, mas lá não dá. Volume de gigantes, gigantes como o Rodrigo que tem um coração de ouro e que transpira sua alegria no que faz. Você se sente chegando numa festa na fazenda…
Veja a minha sequência…