Cabernet Sauvignon
Cabernet Sauvignon
A uva Cabernet Sauvignon é a casta mais plantada em todo mundo com cerca de 5% de toda a área de vinhedos do planeta. Isso se deu por dois motivos, trata-se de uma das castas mais adaptáveis a diversos “terroirs” e resulta em vinhos muito sedutores.
Originária de Bordeaux (Graves), a Cabernet Sauvignon originariamente se chamava Petit Vidure, em função do nome Vin Dure pela dureza de seu caule, soube disso com meu Amigo o enólogo da Fox Wines, Sergio Reyes. Segundo estudos de DNA feitos na década de 90 do século passado na Universidade de Davis na Califórnia, ela seria um cruzamento da Cabernet Franc com a Sauvignon Blanc.
A Cabernet Sauvignon é a base de grandes e famosos rótulos, como os Grand Cru Classé de Médoc (Château Lafite, Mouton-Rothschild, Latour, Haut Brion e Margaux), os famosos vinhos que foram classificados por determinação de Napoleão III para a famosa Exposição Universal de 1855, em Paris.
Fora de Bordeaux, a Cabernet Sauvignon é extraordinária também especialmente no Chile, na Califórnia ( O Julgamento de Paris), e na Itália, onde a casta deu origem aos famosos “supertoscanos”.
A Cabernet Sauvignon apresenta normalmente: cor profunda, aromas complexos, bom corpo, e capacidade de envelhecimento. Quando jovem, um Cabernet Sauvignon é poderoso e concentrado, com cores vermelho escuras e aromas frutados. Com a idade, ganha dignidade, graça e elegância, envoltas em cores mais atijoladas e aromas mais terrosos, couro e amadeirados.
Os aromas da Cabernet Sauvignon costumam apresentar: amora, cereja, groselha, cassis (groselha negra) e ameixa. E ainda: menta, eucalipto, louro, baunilha, pimentão e alecrim, além de aromas terrosos e amadeirados como cedro, tabaco e chocolate. A grande maioria dos Cabernet Sauvignon têm passagem por barricas, razão de diversos aromas, como tabaco, cedro, baunilha, que não são oriundos da uva mas do afinamento em madeira.
Os vinhos de Cabernet Sauvignon costumam ter grande estrutura, boa acidez e taninos macios, isso faz dele um vinho bastante versátil para harmonizar com comidas, mas de preferência para pratos com carne, desde grelhadas até as carnes de panela (harmonização imbatível), carnes assadas com molhos densos, massas com molhos a bolognesa ou a calabresa, os queijos duros como o parmesão.
Além dos famosos Grand Cru de Bordeaux, alguns dos principais e mais valorizados vinhos do Chile (Seña, Viñedo Chadwick, Alma Viva, Don Melchor, Montes, entre outros), por exemplo, são de Cabernet Sauvignon, como também o famoso Opus One de Robert Mondavi na California, e os italianos Sassicaia, Ornellaia, Tignanello, Guado al Tasso, para citar alguns, são todos à base de Cabernet Sauvignon.
Esses vinhos ficaram caríssimos pela junção de três fatores: sua alta qualidade, pequena produção e fama devido a sucessivas altas avaliações em concursos ou famosos desafios como o Julgamento de Paris, que colocou o Novo Mundo no mapa do Vinho mundial de qualidade, o Desafio de Berlin do produtor chileno Eduardo Chadwick, repetido inúmeras vezes em diversos países, inclusive aqui no Brasil onde tive a sorte de participar das duas degustações.
Vale lembrar que na América do Sul se produz excelentes exemplares de Cabernet Sauvignon, seja na Argentina, no Brasil, no Chile e no Uruguai, inclusive com bons preços e em diversos níveis e estilos.
A boa notícia é se encontrar bons Cabernet Sauvignon em diversas faixas de preço, caso deste Quereu Cabernet Sauvignon que fez sucesso outro dia com o churrasco na casa do meu filho… Veja, com R$ 63,00 todos ficaram felizes e harmonizou maravilhosamente com a carne. Saúde!