Secretário da Camara Setorial do Vinho não gostou…
Vejam como funciona o nosso país. Chego agora em casa e vejo em meus e-mails o seguinte e-mail do sr. Marconi Lopes de Albuquerque…
Boa tarde Didu.
Conforme já informado na minha mensagem anterior as informações a respeito de consultas públicas você as obtém consultando o site do Mapa.
Quanto à contribuição que você diz ter enviado à Uvibra e não recebeu resposta, a câmara não tem governança sobre isso. A Uvibra é uma das 30 entidades que participaram da construção da proposta.
Ressalto que os pequenos produtores estiveram ativamente representados, seja através de cooperativas e/ou sindicatos. Inclusive foi criado um Grupo Temático para tratar dos vinhos Diferenciados (artesanais, ancestrais, biodinâmicos, orgânicos, etc.), cuja proposta está no documento enviado ao Mapa.
Finalmente, você vai me desculpar mas não lhe dou o direito de dizer o que eu devo saber. Você tem as suas fontes de consulta e os seus interesses, eu tenho a cadeia produtiva como a minha fonte de informação e o meu interesse é servir, da melhor maneira, essa parcela da nossa sociedade.
Dito isso, encerro essa nossa interlocução a respeito desse assunto.
Atenciosamente.
Atenciosamente.
Marconi Albuquerque
Secretário da Câmara
Bem, claro que não seria o Didú Russo se deixasse isso sem resposta e ela foi a seguinte:
Caro sr. Marconi, eu lamento que o senhor não tenha estabilidade emocional e nem o conhecimento para continuar nossa conversa que antes de tudo busca justiça e melhores condições aos produtores artesanais e finalmente aos consumidores, brasileiros, razão pela qual existe o governo e certamente é quem paga seu salário. Feio isso e errado se me permite.
Agradeço informar que a responsabilidade de minhas idéias não terem sido ouvidas se deve a UVIBRA, pois vou cobrar deles publicamente na pessoa do sr. Gregorio Salton que recebeu minhas idéias em maio de 2021 e quando indaga este ano sobre o andamento disso me solicitou que procurasse por vocês para saber do assunto… razão de nosso contato.
Vejo que não adiantou. Porém devo lembrá-lo que sou apenas um colunista de vinhos que busca um pouco de sensatez nas relações dessa cadeia produtiva do vinho. Não tenho interesse algum em algo diferente e não trabalho para interesses de ninguém. Trata-se da minha opinião.
O sr. Não gostou do que eu disse que deveria saber, mas acontece que o sr. apenas mostra não saber ou pior, saber e não ter como defender. Vamos lá, apenas algumas questões para o sr. que trabalha pela cadeira produtiva do vinho me responder:
1) Por que razão o Brasil exige uma segunda análise de vinhos importados se já tem a análise do país de origem aceita em todo o Mundo?
2) Quantas vezes alguma análise deu diferente da original?
3) Por que um produtor de uvas pode vender sua uva a granal a preços baixíssimos a um CNPJ mas se fizer seu vinho onde ganharia dez vezes mais não pode vender a CNPJ?
4) Por que razão um produtor artesanal tem que ter no mínimo 70% de uvas próprias?
5) Por que o MAPA exige prática sanitárias de grande indústria na produção do vinho artesanal? De onde tiraram isso? Sabia que essa medida acabaria com toda a região da Bourgogne por exemplo?
6) Onde esses assuntos foram incluídos no material que o sr. me enviou? Ou será que a comissão montada para esse tema não sabe dessas coisas? Eu não encontrei.
De minha parte lamento sua atitude de menino mimado que quer levar a bola de futebol embora quando fica bravo. E esclareço que para mim a inter-locução continua aberta, uma vez que recebi educação suficiente para poder dialogar com pessoas que pensam diferente de mim.
Esclareço ainda que não tenho problemas em assumir minhas idéias, pois não tenho vergonha delas, da mesma forma que não tenho problemas de mudá-las caso seja convencido de meu engano.
Assim, sr. Marconi, por gentileza, me responda as questões acima em busca da melhoria da cadeia produtiva do vinho e em respeito a inteligência por favor, ou me convença de que estou errado.
Abraços do
Didú Russo apenas um colunista de vinhos.