Didú e a evolução das mídias
Tenho para mim que uma das coisas importantes para alguém da minha idade é estar atualizado com as mídias. E elas vem mudando de uma forma inimaginável.
No início dos anos 2 mil, quando os eventos de vinho começaram a embalar, eu criei um informativo chamado What’s Up, não existia o famoso aplicativo Whatsapp ainda. Nele eu contava o que estava rolando e enviava a uma lista de amigos. Logo meu filho publicitário deu uma roupagem legal, com logo e tudo o mais (não encontrei nenhum registro para postar aqui), mas logo surgiram as plataformas que permitiam blogs.
O Luiz Horta me disse: “Didú, você deveria fazer um blog, entra no Uol e cria gratuitamente um blog” Nasceu assim há vinte anos atrás o blogdodidu.zip.net que eu também não consegui imagem para mostrar…
Era horroroso, vermelho preto e branco, quadrado, limitado em postar, etc. Mas fez sucesso e logo meu filho outra vez, o Demian, o Sensato, falou, vamos criar um site e tudo foi para lá… Esse eu achei uma imagem da época..
Tudo foi para lá, What’s Up, que depois se tornou Wine Up, Wine Actors Studio, Taccuino & Moleskine, Dicas do didú, 50 Paus, etc. Lá havia várias vantagens, eu podia ter anunciantes, vejam que o Ciro sempre esteve presente, podia ter vídeos, pois sempre filmei tudo o que via e ouvia, uma espécie de Juruna do vídeo… até que o Luiz (novamente) me apresentou a The Flip que a Jancis Robinson usava e ele me disse: “Didú foi feita pra você, é a sua cara, prática, portátil, etc.)
Criei então uma página no Youtube para poder subir os vídeos para postar no site didu.com.br
Com o tempo aparece o Facebook, e lá vai o Didú pro Face. Lá se postava pequenas chamadas e colocava-se o link para a matéria principal no site. Não rola. É muito pequeno o nº de pessoas que vão ler. Aliás ninguém mais quer ler nada.
As audiências/seguidores iam crescendo, descobri que uma mídia não tinha os mesmos seguidores, apenas uns 10% deles são sobre-postos. Isso tem um lado bom pois aumenta a cobertura, mas tem um lado esquisito, por que alguém segue o Didú no site e não segue no Face?
Bem, passei então a postar o texto inteiro do site no Face, que também é limitado em termos de postagem de vídeos por exemplo. Mas tudo bem, informo ao menos.
Então surge o Instagram e o Didú precisa estar no Instagram. Imagem e legenda praticamente, nada de muito texto. Foi um sucesso, especialmente com os Stories que logo surgiram e que é hoje a febre.
Em paralelo a isso, descubro que o meu canal do Youtube, que eu usava apenas como plataforma de armazenagem de vídeos que faziam parte do conteúdo das matérias, começa a crescer de seguidores e eu começo a lançar (idéia do Demian, o Sensato, já começo a ter dúvidas se ele é o Sensato ou o escravizador do Pai… ), o quintou. Vídeo semanal que lanço às quintas-feiras às 12:30 e onde contava coisas do mundo do Vinho e que hoje é praticamente abastecido de perguntas dos seguidores/Amigos que me escrevem. Virou programa já e tem gente até no exterior que acompanha.
Ou seja, uma loucura total. De quando tudo começou para hoje eu tenho: 8 mil matérias publicadas (fora outras publicações onde escrevo também, estou falando de minhas mídias..) , 5 mil vídeos gravados, editados e postados no Youtube.
Para se ter uma idéia, o canal do Youtube tem acumulado 1.600.000 visualizações que totalizam 115.000 horas assistidas!!! E todos os meses são mais cerca de 30.000 visualizações com 3.600 horas de exibição.
E agora descubro que da mesma forma que outras mídias, os inscritos do Youtube se limitam a assistir os vídeos, não acessam a matéria do site. Isso agora me obriga a contextualizar os vídeos, transformando em uma video-reportagem separada do site.
No total, estamos falando de 15 mil do site + 15 mil do Face +20 mil do Insta + 19 mil do Youtube. Ou seja 69 mil pessoas das quais a superposição é de apenas 10%.
Acontece que eu faço tudo sozinho. Vou ao evento, entrevisto, gravo, registro, volto gravo as cabeças e inserts, edito, subo no Youtube, escrevo a matéria, posto em cada uma das mídias… não é mole.
Fico pensando qual será o próximo passo e otimista que sou penso nos Google Glass… Imagino que não precisarei editar nada mais. Penso que essa doença de acompanhar o que faço se tornará permanente e ao vivo. O Google Glass estará conectado on-line no canal do Youtube e as pessoas poderão estar comigo ao vivo nos eventos.
Meus comentários sairão em paralelo ao que está acontecendo e eu não precisarei fazer mais nada. Fotos, anotações, gravações, nada. Vai ser show. Depois a indexação será por dia e por nome do evento, assim o sistema de busca permitirá ao usuário localizar o que ele quiser na hora que quiser. Será?