Cheval des Andes
Tive o privilégio de estar com alguns colegas do colunismo do vinho e alguns novos amigos “influencer” e também Clientes amigos da Chandon do Brasil, no suntuoso Palácio Tangará, para degustar algumas safras do famoso Cheval des Andes.
Preciso destacar a beleza ao vivo da Cecilia Aldaz, bem como sua simpatia e elegância e da simpatia do Gordo Profissional, de quem você vira amigo de infância instantaneamente. Grazie Cheval des Andes, Chandon e Carol Orantes.
Aliás, escrevi outro dia ainda sobre esse vinho e recomendo a vocês a leitura. Aqui.
Cheval des Andes 2002, 2008, 2017 e 2018
Este post está um pouco atrasado, pois eu estou com a agenda absolutamente encavalada com compromissos virtuais e presenciais além de viagens… peço desculpas, mas o importante é que lamento lhes causar inveja, mas caminhei nas nuvens nessa degustação vertical das safras 2002, 2008, 2017 e 2018 do top de linha da Chandon Argentina, o Cheval des Andes e com a presença de seu enólogo, Gerald Gabillet em 8 de dezembro de 2021 no suntuoso Palácio Tangará.
O Gerald Gabillet é um doce de pessoa, jovem, falante, simpático, entusiasmado e sincero. Responde a tudo o que se pergunta é fala o que acha sem problemas.
Por exemplo, não teve a menor cerimônia em reconhecer que o trabalho inicial de Roberto Dela Mota, o grande enólogo argentino, filho do até hoje mais famoso enólogo daquele país, Raul Dela Mota. Na ocasião Roberto sustentava um equilíbrio entra Malbec e Cabernet Sauvignon, com eventual prevalência da segunda casta, estava no caminho certo.
Gabillet explicou que o vinho andou por experiências entre assemblages que incluiram além de Malbec e Cabernet Sauvignon, a Petit Verdot e a Merlot com variadas proporções em anos distintos.
A degustação, ao menos para mim confirma o mesmo, pois a garrafa 2002, que saíram das mãos de Dela Mota foi disparado meu preferido, embora eu seja suspeito com a predileção de vinhos evoluídos.
Como disse o Gerald, o vinho andou um tanto fora dos objetivos do irmão mais velho e respitado de Bordeaux, o Cheval Blanc, afinal, o que se busca é um resgate do que foi Bordeaux no passado, onde se cultivou muito Malbec, aliás poucos sabem, mas antes da Phyloxera Vatraxtis, a Malbec era a casta mais cultivada por lá…
Isso fez com que a famosa Maison se ocupasse em se dedicar mais e mais naquele perfil que teria sido um Bordeaux pré-phyloxera.
Devo confessar que todos as garrafas estavam deliciosas, quem sou eu para dizer que não, mas para meu gosto, considerei o assemblage e a evolução da 2002 um espetáculo à parte.
Gerald Gabillet falando de Cheval des Andes
Outro destaque que faço à sinceridade de Gerald foi por que quando ele falava dessa busca de excelência, eu o interrompi e disse: Vocês buscam um 1er Grand Cru Classe de Mendoza?… e ele logo riu e disse: “Prefiro que nnao, pois atualmente essa classificação não anda com boa fama… referindo-se ao recente escândalo que levou `a prisão o proprietário do Château Angelús… achei genial sua sinceridade em falar o que todos falam e não querer posar de bacana. Gostei dele, mesmo ele achando que biodinâmica tem muito esoterismo… hahahahahaaaa mas eles estão trabalhando na questão das leveduras selvagens e seus vinhedos são orgânicos, tudo bem…
Fois Gras com Cacau e Figo Caramelizado.
Eu gravei alguns trechos do que ele falou para você saber. Gostaria de destacar ainda o excelente cardápio e serviço do Tangará. Um show à parte. Imaginem que este prato que sugeriria um vinho mais para o delicioso Gros Manseng da Terrazas, pois Fois Gras e Figo Caramelizado, teve um toque de mestre do Chef, ao incluir um cacau bastante intenso e granulado que fez a ligação perfeita do conjunto com o vinho estruturado e com certa austeridade. Parabéns. Coisa rara de se ver… Grazie, com é bom escrever sobre vinhos e não sobre parafusos não?…