Os bons vinhos finos de Flores da Cunha
Na semana passada eu tive uma gostosa live com os enólogos e produtores de alguns dos vinhos que foram vencedores da edição 2021 dos Melhores Vinhos de Flores da Cunha.
Eram dois grupos em duas lives distintas, eu participei do Grupo 1 com estes vinhos acima e a companhia de diversos colegas da imprensa do Vinho.
Como não gosto de desperdiçar vinho, optei por abrir apenas um deles e deixei os outros na adega para uma outra oportunidade… Minha escolha foi pelo Le Bateleur da Venturini que você encontra na loja virtual do Jack Vartanian, aliás, endereço que sugiro você que gosta de bons vinhos e não tem o ridículo preconceito (pura desinformação e arrogância secondo me), com o vinho nacional. Passe a consultar lá pois ele tem excelente e selecionada carta de vinhos, todos nacionais e de diversas regiões, todos bem cuidados e bem armazenados.
O evento foi organizado pela minha Amiga Andreia Debon que coordenou a live que eu gostaria que tivesse mais tempo para conversas, mas o Didú fala muito mesmo então… Bem, eu gravei a fala do jovem e simpático Prefeito e da Secretária da Agricultura. Veja:
Flores da Cunha é o município com a maior produção de uvas do Brasil, estamos falando de algo em torno de 110 milhões de quilos de uva!!! Porém apenas 2,5% delas são de vitis-vinífera. Para quem não sabe, o primeiro vinhedo comercial de vitis-vinífera do Brasil foi em Flores da Cunha, com a Companhia Rio-grandense que produzia o famoso Granja União e seus vinhedos originais hoje pertence a vinícola Luiz Argenta.
Estive lá em 2015 e visitamos diversos produtores que inclusive engatinhavam no vinho fino, aliás a hoje Secretária da Agricultura e Abastecimento de Flores da Cunha Fabiane Vendramini, que é enóloga, estava nesse grupo com seus pais numa belíssima e autêntica propriedade onde nos foi oferecida uma “colacion” como eles chamam, uma espécie de brunch de hoje, pois os colonos saem para o campo ao cantar do galo e quando dá dez horas da manhã já é hora de forrar o estômago… Foi lindo e guardo com carinho essa boa recordação.
Nessa ocasião nos acompanhou o Carlos Paviani (que estava na live e me deixou feliz em ve-lo), filho de Flores da Cunha e que quando garoto roubava muita uva da Rio-grandense… e que cuidava do Ibravin na época. O Ibravin entre outras coisas criou dois projetos que fazem muita falta secondo me; um é o Projeto Imagem razão dessa nossa visita, quem mostrava para jornalisata e formadores de opinião, a realidade da produção de vinhos no RS, o outro era o Projeto Comprador ?Comprador, que reunia num mesmo momento, produtores e compradores de todos os cantos do Brasil e também do exterior em mesas de negociação. Espetacular. Faz falta isso hoje viu UVIBRA. Anote aí…
Nessa mesma viagem me lembro de degustar junto com o Piotto e o Sergio Inglez, uma espetacular Teroldego de 15º de álcool com o velho Mioranza… que delícia de lembrança.
Hoje Flores da Cunha com esse concurso promove e divulga os melhores exemplares e com isso incentiva os produtores.
Eu não poderia ter deixado de sugerir a eles, e espero que tenha funcionado, a idéia de terem cotizadamente uma loja em São Paulo com os melhores vinhos de Flores da Cunha. A exemplo do que fez a Campestre Veja AQUI, que com uma elegante loja, mostra com orgulho mais que justificado seus excelentes vinhos ao consumidor paulista que é o maior mercado da América Latina, só isso… Tomara que eles façam.
Aliás a maioria dos vinhos desse painel estão em torno dos R$ 35/40,00 e o tonto do consumidor desinformado fica em pacotes baratinhos de vinhos de clubes com nomes de châteu francês que não existem ou de Marques italiano que não existe e dentro da garrafa um vinho normalmente da Espanha de € 0,80… brincadeira isso.