Charcutaria Dom João, simplesmente o MÁXIMO!!!
A Juliana Branco é uma Amiga virtual, pois é… poucos se dão conta de que há sim gente legal, sincera, amiga, amável, competente, etc., frequentando as mídias sociais. Há sim. A Juliana é prova disso.
Outro dia ela me manda uma mensagem pelo Instagram contando que fazia uns enchidos para matar as saudades dos pais portugueses já falecidos e que gostaria de me enviar alguns para eu provar. Agradeci, disse que nnao precisava se incomodar, claro, mas que adoraria provar, afinal temos em comum sangue português, eu apenas 25%, mas o suficiente para simplesmente me apaixonar por aquele país e sua gente maravilhosa e acolhedora, para não falar de vinhos, comidas, doces, etc… ah… um “guardanapo”, que saudade.
Pois agora me chegou às mãos estas maravilhas enviadas pela Juliana. Chouriço, Paio e Farinheira.
Eu ainda vou me informar com ela e com meu Amigo Dias Lopes, que sabe tudo, a respeito da diferença de Farinheira para Alheira. Na minha lembrança se confundem duas informações; a primeira de que se tratavam dos mesmos enchidos, um trasmontano e outro não, mas uma outra informação que achei muito interessante que dava conta de que os judeus que fugiram para a península Ibérica, meus antepassados entre eles, (pois eram os Pereira Granja, e nomes de árvores frutíferas são sempre sinal de cristão novo), costumavam fazer uma versão da alheira, sem carne de porco, pela religião, e então teriam desenvolvido essa Farinheira que levava mais pão e alho e pouca carne que não a de porco e assim se passarem por não judeus… não sei. O que sei é que adoro esse prato.
Esses enchidos da Juliana Branco que se chamam Dom João e ficam lá no Paraná em Cafezal do Sul, são uma meia viagem a Portugal às aldeias simples e sinceras, com aquele acolhimento sincero e aquelas conversas em torno de uma mesa farta, vinho e muita história.
Confesso que me emocionei hoje ao provar o primeiro pedaço da farinheira, lembrou-me a cozinha da minha avó materna que não provo desde a década de sessenta.
Fiz uma harmonização teste respeitando minha descendência (desculpe a parte alemã, mas não havia nenhum riesling na adega, então abri um delicioso Pinot Grigio que havia recebido da minha amiga Sandra Schkolnick, da B4Tcomm importado pela VaiVinho a Pinot Grigio tem excelente frescor e tem estrutura, o que me pareceu cairia muito bem com essa farinheira, e a outra garrafa, aí sim de Portugal um presente também de meu amigo Orlando Rodrigues da Prem1um Wines, que sempre que encontra alguma garrafa perdida e com idade, se lembra de mim e me presenteia… hahahahahaa esta especialmente é de um vinho que simplesmente adoro, o verde tinto, um vinho tipo ame-o ou deixe-o. Eu amo. Adoro sua intensidade de taninos, de acidez e com álcool baixo. Seu aspecto é de um vinho encorpadão e pesado pela casta vinhão, das mais tintas que há (é a mesma Souzão do Douro) e que lá na região do Vinho Verde se bebe na tigela… sim, para se ver a cor do vinho descendo pela porcelana branca. Um espetáculo. Pois ambos ficaram excelentes.
Quero dizer a vocês que se tiverem sangue português, se gostam da cozinha portuguesa, se estiveram e Portugal e sentem saudades daquele tempero dos enchidos, não perca tempo por aí procurando enchidos com aromatizantes e todas essa química que hoje encontramos em alimentos, especialmente destes tipos. Vá direto ao site da Dom João e resolva seu problema.
A Juliana o meu muito obrigado de coração, você conseguiu me emocionar hoje com suas mãos de fada. Saúde!