O Vinho Contrabandeado e Falsificado
Acompanhei o evento on-line e gratuito, no site do Congresso Abrasel., acompanhando o painel “Bebidas Alcoólicas Ilegais, um desafio multissetorial”.
O painel debateu o impacto do mercado ilegal de bebidas alcoólicas para a sociedade e para a economia do Brasil. Foi ressaltada a importância do comprometimento de todos os envolvidos na cadeia de distribuição, venda e consumo na luta pelo combate às práticas ilegais.
Participam do evento José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), Raquel Salgado, presidente executiva da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (BFBA), Carlos Lima, diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), Deunir Luis Argenta, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) e Jaime Recena, diretor de Relações Governamentais da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
Eu encaminhei a eles a pergunta a respeito da responsabilidade do governo, que com excesso de tributos de todo tipo e burocracias também excessivas, acabam onerando demasiadamente os vinhos e que isso na minha opinião é um incentivo ao que vem acontecendo com contrabandos e falsificações.
Fiquei feliz que minha pergunta foi lida e respondida por alguns painelistas, destaque para a Raquel Salgado e lamento o Deunir não ter se pronunciado, uma vez que grande parte dos entraves burocráticos ao vinho importado foram oriundos de lobby da indústria do vinho nacional, como todos sabem, uma visão que parece estar mudando. Eu gravei os comentários que coloco aqui para a reflexão de vocês.
Não há dúvidas que o ideal seria a conscientização do consumidor, que no final esbarra na nossa cultura e na nossa falta de cultura e que torna quase impossível de se conseguir. Continuo batendo na tecla base da minha pergunta, pois o vinho tem uma participação absolutamente desprezível na arrecadação do governo, com 0,02 % do PIB, ou seja NADA.
Por ser um alimento funcional, se desonerado geraria uma melhor saúde da população e desoneraria a medio prazo os custos da saúde pública com seu consumo responsável de uma taça por refeição e todos seriam beneficiados.
Lembro aqui artigo sobre impostos altos e arrecadação baixa versus impostos baixos e arrecadação alta que vale a reflexão.
Como sou um incorrigível otimista, continuo acreditando que o governo se sensibilize com essa causa e que o vinho nacional ande de mãos dadas com o vinho importado entendendo que são o mesmo mercado e não mercados competidores… Um dia acontecerá, tenho certeza. Saúde!