Confraria do Adolar – Malbec
Em mais um gostoso e educativo encontro da Confraria do Adolar, degustamos algumas amostras, super bem acondicionadas pelo Tiago Locatelli, que faz ele próprio esse envase no dia da degustação e os envia para cada um dos participantes. Um esmero mesmo.
- Bemberg La Linterna Malbec Gualtallary 2013
- Luigi Bosca Finca los Nobles Malbec Verdot 2018
- Viña Alicia Malbec Brote Negro 2013
- Las Moras Finca Pedernal Malbec 2014
- Colomé Malbec Altura Maxima 2015
Sempre com uma apresentação impecável do Tiago e as histórias do Adolar, degustamos essa sequência de diferentes procedências de uma mesma casta que agora tem se notabilizado pelo frescor das altitudes.
Minha predileção foi por este estupendo vinho, com personalidade e que me chamou a atenção ser 100% malbec, muito distinto, esta mutação genética “Brote Negro” de um pequeno vinhedo. Simplesmente espetacular, classudo, sem nada de compota tão comum em malbecs. Pena que custa mais de R$ 600,00. Aliás todos os vinhos com preços muito altos “secondo me”*, ou ao menos para meu bolso, eles variavam de R$ 568,10 o Luigi Bosca Finca Los Nobles Malbec Verdot a R$ 1.494,27 o Delicioso (minha segunda preferência junto com o Bamberg) o Colomé Malbec Altura Máxima, de um dos vinhedos mais altos do Mundo.
Questionado a respeito dos valores, Adolar comentou que o que mais vendo hoje são vinhos nessas faixas de preço. Fico feliz que haja esse vigor em nosso mercado.
“secondo me”* Como nunca tive vergonha de minhas opiniões, esse comentário se deve ao fato de que muitos vinhos da América do Sul, atingiram preços que me parecem um tanto exagerados. Quando você tem preços nessas faixas e compara-os a renomados vinhos europeus, de tradição e qualidade, fica difícil optar pelos do Novo Mundo. Compreendo que se vendem é por que há mercado. Compreendo também que vários deles degustados às cegas se equiparam aos mais renomados vinhos do Velho Mundo. Mas cá entre nós, um Viñedo Chadwick, que reputo talvez o mais elegante tinto chileno custar mais de R$ 5 mil… acho demais.
Como disse acima, se há mercado, devo me curvar à realidade, mas minha opinião é que o Novo Mundo perde a chance de ganhar mais atenção e mais venda com preços mais acessíveis. Lembrando sempre daquele famoso artigo da Jancis Robinson que mostrava que o melhor e mais famoso vinho do mundo não custa mais que U$ 15,00 considerando Uva + Produção + Garrafa + Rolha, o resto é o valor da marca.
Quero agradecer a presença nesse grupo da Confraria do Adolar e cumprimentar pela iniciativa e qualidade dos vinhos. Viva!