Vinho brasileiro nas Embaixadas e Consulados
Fiquei feliz com a assinatura do protocolo da Uvibra, junto ao ministro Onyx Dornelles Lorenzoni, da Secretaria-Geral, assim como do ministro de Relações Exteriores, Carlos França, e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Augusto Pestana, instituindo que Embaixadas e consulados brasileiros no exterior usem vinho brasileiro em suas festividades.
Embaixadora Leda Lucia Martins Camargo
Já não era sem tempo… em 2008 estive em Praga numa missão do Ibravin onde houve diversas atividades, entre ela um jantar harmonizado com vinhos brasileiros com a cozinha do Alex Atala que deu um verdadeiro show. Houve também uma exposição de alguns produtores brasileiros e ainda um encontro na casa da Embaixadora.
Eu tenho orgulho dessa viagem, pois na ocasião o Paviani, então Diretor Executivo do Ibravin, consultou os produtores brasileiros a respeito de qual jornalista de vinho deveria acompanhar a comitiva, pois só havia orçamento para um convidado. Então ele pediu que cada produtor sugerisse tres nomes. Pois o chatododidu foi o único que constava de todas as listas.
Bem… claro que isso foi antes das minhas críticas ao Selo Fiscal, às Salvaguardas e ao absurdo contra o Eduardo Zenker, que me fizeram persona nom grata lá no sul…
Mas, nessa recepção na casa da Sra. Leda Lucia Martins Camargo, a simpática e educada Embaixadora em Praga à época, acho que 2008 por aí… às tantas ela nos serve vinho australiano!!!
Eu fiquei chocado, como todos aliás, mas como as palavras costumam saltar de minha boca antes que minha cabeça me proíba de falar… eu perguntei qual a razão de não termos vinhos brasileiros na Embaixada.
Pois acreditem amigos, ele me responde que as regras exigiam seriedade nos gastos e que era necessário comprar o vinho mais em conta nas licitações… Eu não me segurei e disse a ela sem qualquer diplomacia:
Mas Embaixadora, a função de uma embaixada entre outras coisas é promover negócios dos produtos de seu país. como se pode promover o nosso vinho se o que é servido é de outro país?…
Diante do constrangimento de todos, ela sempre educada responde: “Mas acontece que somos muito sérios com despesas e isso não pode ser diferente” Aí piorou, pois o não diplomata Didú, em respeito ao bom senso respondeu: Então eu não entendo mais nada Embaixadora, pois num país como o nosso onde há fome, analfabetos e deficiência na saúde para citar apenas tres pontos, como se justifica uma casa suntuosa como esta servindo vinhos de outro país?!…
Bem, nem precisa dizer que saiu cada um para um lado e ela habilmente mudou de assunto sem me responder. Pois é…
Procurei sem sucesso uma foto minha sentado num trono africano que havia nessa mansão, onde não se podia sentar, mas eu numa traquinagem me sentei e alguém fotografou… mas não encontrei…
Bem, agora acho que iremos corrigir isso. Fico feliz e faço questão de cumprimentar a Uvibra e o Deunir Argenta, que aliás aniversaria hoje. Quando há o que elogiar eu faço questão de faze-lo e criticar idem. Viva o Vinho Brasileiro nas Embaixadas.