Vinhos Bolivianos?!…
Pois é, meu Amigo de Instagram e Facebook, o João Barroso Negreiro, que tem um simpático empório focado em produtos portugueses, a Casa Montalegre, gentilmente me enviou duas garrafas de vinhos da Bolivia, que eu nunca havia degustado.
Eu gosto sempre de experimentar, afinal com 40 tipos de solos, cerca de 5 mil castas de uva, inúmeras latitudes, longitudes, altitudes, idades de videiras, tipos de cultivo, perfil de cultivo e tipos de produtor, repetir um vinho parece até uma afronta a quem gosta de conhecer vinhos não é mesmo?
O João me contou que conheceu o produtor Don Julio Kohlberg Chavarria na Provino de 2016, provou os vinhos deles e acabou importando alguns.
O Icono Tempranillo da foto acima, que vem em uma garrafa pesada, naquele conceito já um tanto ultrapassado pelos conceitos ecológicos, é um canhão, com uvas de um vinhedo de 1.900 metros de altitude e produção de 3.000 quilos por hectare, bastante baixo, ele sofre uma super seleção de cachos e a vinificação tem bastante extração. O resultado é um vinho profundo, denso, estruturado, longo e com madeira bem marcada pelos 15 meses de afinamento. Álcool de 14,5%.
O Ugni Blanc, tem um nariz com a tipicidade da casta que tem esse nome na França e que na Itália se chama Terebiano, floral e herbáceo, com toques de abacaxi e álcool alto e para mim um pouco desintegrado, é untuoso e intenso.
Cerca de 93% da produção boliviana é concentrada no Vale de Tarija, onde foram produzidos esses dois vinhos Kohlberg, que resulta em 5,7 milhões de litros de vinho por ano. Ao todo são 25 vinícolas, sendo seis delas, Campos de Solana, Kohlberg, Bodega Sausini, Marquez de la Viña e Aranjuez, responsáveis pela maior parte do que é produzido.
Agradeço ao Amigo João Barroso Negreiro pela gentileza. Saúde!