O Setor do Vinho e a Comunicação
Recebo mensagem via Whtasapp do Deunir Argenta dando conta do seguinte:
” Boa tarde DIDU!
Estamos muito chateados pela notícia que não espelha a realidade do nosso nosso documento enviado aos membros do Governo.
Te envio uma nota de esclarecimento da UVIBRA e me coloco à disposição para esclarecimentos deste grande mal entendido.”
E encaminhando documento anexo de esclarecimento:
Bento Gonçalves, 13 de junho de 2020.
Prezado(a) Senhor(a),
Frente a publicação realizada no dia 12/06/20, a Uvibra declara que não reconhece como procedente a reivindicação de salvaguarda por parte do setor vinícola nacional. As pautas conhecidas e que vêm sendo discutidas pelo setor junto ao Governo Federal dizem respeito à paridade competitiva em termos mercadológicos, a compatibilização de questões tributárias com a realidade econômica e operacional da cadeia produtiva e medidas de controle para evitar o descaminho, subfaturamento e iniquidade em termos de obrigações técnico-qualitativas. Nossa entidade não incentiva qualquer medida que impossibilite o fluxo lícito de importações ou reduz a oferta de rótulos estrangeiros à disposição do consumidor, pois prezamos pelo respeito de todos os atores da viticultura global. É fundamental destacar que o setor acordou, junto ao Governo Federal, as determinações referentes ao acordo entre Mercosul e Comunidade Europeia. O mesmo garantirá ao produtor estrangeiro livre acesso ao mercado nacional e a desgravação plena do imposto de importação sobre seus produtos, inclusive com anuência sobre questões técnicas e regulatórias dos países europeus. Isso reforça que a posição do setor não é coibir o acesso de produtos estrangeiros, mas sim promover um cenário de equidade. Cordiais saudações,
UVIBRA – União Brasileira de Vitivinicultura
Deuinir Argenta
Presidente
Então UVIBRA, vamos por partes:
Eu por exemplo, entendo que quando o texto do ofício enviado ao governo diz:
Criação de um mecanismo de controle de importações, mediante aprovação prévia das licenças de importação, como forma de criar barreiras não tarifárias para ingressos dos vinhos importados (vinhos e espumantes) por, pelo menos, 5 anos.
A UVIBRA, a AGAVI e a FECOVINHO pretendem interferir no livre comércio, interferir em negócio que não é o seu, e tentar resolver um problema que não é do importado o problema interno de CUSTO BRASIL.
Me desculpe a sinceridade que é um problema de caráter que tenho, mas vocês ou não sabem redigir ou estão sendo falsos. Se são contra, então publiquem um anúncio, eu não cobro nada de vocês para isso dizendo claramente:
Depois no mesmo documento as entidades pedem ao governo que:
Manutenção de uma alíquota fixa do Imposto de Importação no patamar de 27% tanto para vinhos quanto espumantes estrangeiros, principalmente para os produtos oriundos do Chile que possuem desgravação total sem fazer parte do Mercosul, por, pelo menos, 5 anos.
Ora meus Amigos, me desculpe, mas do que se trata esse pedido? Ingenuidade? Vocês querem mesmo fazer os gaúchos passarem vergonha… Veja abaixo o que o Chile importou do Brasil ano passado e lembre que há em comercio internacional um complicado relacionamento chamado “RECIPROCIDADE”… Vocês realmente têm esperanças de que o governo quer mexer nessa encrenca por conta do vinho fino que custa caro por que o CUSTO BRASIL é um absurdo? Sejam sinceros.
Imagine que o superávit brasileiro teve alta expressiva, de 90%, com aumento das exportações (27%) e redução das importações (-2%) em 2019. Entre os principais produtos exportados ao Chile pelo Brasil encontram-se óleos brutos de petróleo, carnes, automóveis e tratores. O Brasil, por sua vez, importa do Chile principalmente derivados de cobre, salmão e vinhos. O vinho é ridículo nessa conta, pois o Brasil não chega a importar U$ 400 milhões e o Chile participa com a fatia de 40% disso, ou seja U$ 160 milhões… Então, numa boa né… é o festival da desinformação ou da ingenuidade. Desculpe. Não me convence.
Depois pedem no ítem 4. Correção da legislação brasileira, que por suas falhas permite tudo aos importados e restringe quase tudo aos vinhos brasileiros. Por exemplo: para os espumantes brasileiros o índice de cloretos admitidos é de 0,20 mg/l, enquanto que, para os provenientes do Mercosul, o índice é d 1,0 mg/l. 5. É mesmo esse o problema do espumante brasileiro? O espumante brasileiro lá tem algum problema? é líder absoluto de mercado. consagrado e nunca precisou de ajuda alguma., pois é bom e barato.
Ou seja, um festival de enganos na minha modesta opinião. E por que isso só veio `a tona agora se o documento é de 28 de maio? Por que não foi tornado público? Qual o segredo? Onde está a transparência, entende? Tudo sempre cheira a um ardil nas lideranças gaúchas do Vinho.
Eu acho feio, triste e errado. De qualquer forma a bem da transparência e do respeito a minha saúde, aqui estão minhas opiniões e a divulgação das explicações da UVIBRA.
Volto a lembrar. As bandeiras a se levantar são: Vinho é Alimento Funcional. Vinho é Saúde. União do Setor. Vinho é Vinho, não existe Vinho Nacional e Vinho Importado, como não existe Vinho de Mesa e Vinho Fino. São Vinhos os dois e inclusive o de mesa é líder de mercado coisa que o Setor vive manipulando informações. E por último tenham a decência de acertar essa Lei do Vinho colonial, permitindo que o artesão produza seu vinho e venda pra quem quiser e não subjugá-lo a um eterno fornecedor de matéria prima barata para os grandões que são os que dirigem essas entidades. Por favor. Já passou do tempo.
E vocês pequenos, já encheu o saco defender vocês. mexam-se e deixem de ser o coitadinho.