As surpresas do Etna
Ontem, em meio a essa insuportável postura da política brasileira, que transforma um assunto tão sério como o do Covid 19, que colocou o Mundo todo em quarentena, mas que aqui ganha ares de cabo de guerra entre facções. Ninguém aguenta mais isso.
Porém em meio a isso, uma notícia ontem me chamou a atenção, o Etna deu sinais de vida e começou uma pequena erupção. Uma das coisas lindas no Mundo do Vinho é que nunca se para de se surpreender e de aprender. Novidades não param de acontecer, novos produtores, novos estilos e novas regiões.
O Etna foi uma dessas surpresas, pois enquanto se pensava que a Itália era país completamente conhecido e estabelecido em suas tipicidades regionais, eis que aparecem vinhos do Etna, completamente diferentes do que se costuma produzir na Sicília.
Como se sabe a Sicilia produz vinho desde o tempo dos fenícios, porém, ao lado de seus famosos Marsala, que acompanharam minha infância em casa, os vinhos sicilianos sempre foram marcados pela intensidade, extração, volume, potência. Aí vem o Etna, mostrando uma outra Sicilia, uma Nerello Mascalese, fina, elegante, muito mais para o estilo Bourgogne. Isso é maravilhoso.
Existem produtores simplesmente espetaculare: Frank Cornelissen, Tenuta dele Terre Nere, Passopisciaro, Tascante, Graci, Girolamo Russo (que não é meu parente que eu saiba..), o Scalunera Etna Rosso do Piccini, foi o que selecionei hoje para sugerir a você. Aproveite.