Lagarde, um nível acima das demais.
Sebastian Barboza
Ontem tive o privilégio de jantar no Ravin Vino & Pasta que fica na Dr. Melo Alves 498 e onde as comidinhas são do Pasquale e os vinhos todos da Ravin são servidos corretamente, na temperatura certa e em taças maravilhosas, a preço de Importadora. Vale muito a pena.
Mas o meu jantar foi especial, afinal fui convidado para dividir a mesa com Sebastian Barboza, que aos 38 anos tem uma experiência que pouco enólogo tem na vida, com mais de 40 vinícolas diferentes onde visitou e/ou trabalhou.
Há dez anos a frente da Lagarde, ele veio a São Paulo para algumas degustações dos deliciosos e elegantes vinhos da Lagarde. Como agora a onda é o IGTV, eu postei dois deles que convido vocês a assitirem, pois o Sebastian explica os vinhos que degustamos:
No primeiro Link 1 temos as duas estrelas da noite, o Lagarde Cabernet Sauvignon, um 1999 e outro 2017.
Que experiência única. Como os vinhos da Lagarde têm classe, finesse. Ao chegarem era muito distintos um do outro, o 99 com toque “amarsalado” que eu adoro, mostrando sua evolução. O 2017 com muita fruta e exuberância. Era como pai e filho chegando no jantar… com o tempo, pois ficamos conversando por quatro horas, os vinhos foram se aproximando, mostrando sua conexão, sua mesma origem, sua família. Ou seja, podemos saber que o 2017 ficará uma maravilha em 2037!!
Isso é fenomenal e poucos podem mostrar. A Lagarde mostrou que sabe fazer vinho há muito tempo. O 99 era um verdadeiro Bordeaux, especialmente para os mais velhos que aprenderam conhecer Bordeaux com vinhos evoluídos e não novos como hoje. Há uma grande diferença nisso. Nobre, couro, animal, o marsala foi sumindo e a classe do vinho se impôs. Eu hoje com grana, certamente compraria uma caixa desse Cabernet Sauvignon da Lagarde e iria abrindo uma garrafa por ano para ir percebendo sua evolução…
No segundo vídeo Link 2
você pode conhecer os branco de Viognier delicioso com untuosidae e frescor e o rosé de Pinot Noir e Malbec, que Lagarde conseguiu extrair com classe. Um verdadeiro Provence, com frescor e estrutura e sem nenhum amargor. Que classe de bodega.
Mas não paramos por aí, pois o Luiz Horta que me fez o convite e me deu a grande alegria de um longo bate papo bebendo que é como deve ser mesmo uma boa avaliação de vinhos, resolveu pedir o Blend da Lagarde. eu gravei, veja:
Tomei a liberdade de sugerir ao Sebastian que viesse ao rasil para mostrar a imprensa essa qualidade toda que têm, com uma vertical de grandes safras, que eles têm, inclusive com o Henry Gran Gurda que é de beber ajoelhado. Ele gostou e espero que o Rogério faça isso, pois a Lagarde na minha opinião está em um nível superior a grande maioria das bodegas argentinas.
Lagarde existe desde 1897, mas a família Pescarmona está no comando desde 1969, hoje na terceira geração, com as filhas do Henry, Sofia e Lucila. A classe da família está expressa em seus vinhos. Merecem ser conhecidos. Saúde!!