DESCORCHADOS 2019
O Guia DESCORCHADOS de Patricio Tapia que no Brasil é editado pela Inner Editora de Christian Burgos, se transformou e algo enorme. Difícil até de carregar. Um catatau como se dizia antigamente. Eles degustaram mais de 4 mil vinhos do Chile, Argentina, Uruguay e Brasil !!! Extraordinário.
Eu tenho a sorte de todo ano estar entre os convidados do Christian e do Patrício, para o que considero o Crème de la Crème do evento que hoje se consagra como o melhor painel de vinhos da América do Sul, certamente. Falo da degustação super privée que antecede a abertura do evento.
Nessa degustação o Patricio consegue “pinçar” uns vinte vinhos que considera representativo do que aconteceu no ano. Difícil, tão difícil quanto conseguir conciliar vinhos convencionais a vinhos fora da curva que são os que mais me agradam. Patrício consegue isso com elegância e maestria. Um craque.
Como dizia, da habilidade do Patrício, ele consegue no mesmo prêmio e na mesma degustação e ainda em sequência, apresentar um vinho que para mim é o mais francês dos vinhos da América do Sul, o Viñedo Chadwick e logo em seguida, um Tannat Rastros do Pampa, de R$ 60,00, e que fez bonito! Fiquei tão orgulhoso. Um vinho autêntico, nosso, fazendo bonito.
Este elogio é importante fazer por vários motivos, o Patricio consegue valorizar produtores pouco conhecidos, que valorizam sua cultura, valorizar artesãos (não é o caso de Guatambu, claro), mas acontece sempre, como os Pipeños por exemplo, ao lado de ícones, verdadeiras cartas marcadas.
Em meio a isso mostra e compara vinhos da mesma casta mas de países diferentes, lado a lado, caso dos Chardonnay Catena Zapata Adriana Vineyards e o Errázuriz Las Pizarras, numa verdadeira aula sensorial.
Patricio Tapia e Didú
Em sequência apresenta um De Martino Old Vines Serie Las Cruzes Malbec e em seguida um Zuccardi Valle de Uco Finca Piedra Infinita! Show. Uma experiência que mostra sensibilidade e que principalmente acrescenta aos apreciadores e aficionados do vinho.
Não foi diferente ao colocar um vinho como o Rastros do Pampa Tannat, da Família Pötter, um exemplo de família e de produtores, que tiveram o mérito de fazer um vinho de R$ 60,00, degustado entre dois vinhos que custam R$ 2.000,00 e outro de R$ 1.100,00 e que fez bonito, surpreendeu e agradou a todos!
E secondo me, com um mérito que deveria ser a meta de todo produtor brasileiro, fazer um vinho não quer ser chileno ou argentino, não, ele está feliz e orgulhoso de ser da Campanha Gaúcha. Abaixo a Gabriela Pötter falando de sua Vinícola Guatambu.
Se vale uma dica para você amigo leitor e web-espectador, reserve sua agenda no ano que vem para o Descorchados. Evento imperdível. Saúde!