Quinta de Bágeiras e o caso da bicicleta do avô Fausto…
Hoje eu fui cumprimentar o Orlando Rodrigues e o Rodrigo Fonseca da Prem1um Wines que comemoram 20 anos de vida com sua impecável importadora.
Foi um sucesso de público e de novidades e eu gravei bastante coisa, mas tinha que veicular isto aqui hoje pois não acreditei no fato.
Logo à chegada encontro este vinho coberto como o Cristo que o Joãozinho Trinta fizera na escola de samba no passado, como um protesto.
Então perguntei ao Orlando do que se tratava e vejam só o que ele me diz…
Ora, gente, o Mundo do vinho não pode permitir essas coisas e aqui temos um bom exemplo do que é um Vigneron e o que é uma indústria de vinho.
O Mario Sérgio Alves Nunes da Quinta de Bágeiras na Bairrada, que inclusive produz um dos melhores vinagres de vinho que já provei, é um grande craque e um vinhateiro tradicional, de barricas velhas usadas, de bagas de primeiríssima qualidade e produz maravilhas tintas, brancas e espumantes impecáveis também.
Prove um dia algum vinho dele e saberá o que é um artesão do vinho. Seus vinhos não são baratos e vivem de um mercado praticamente de apreciadores, de gente que tem informação, não é vinho de supermercado.
Ele fez uma homenagem ao avô e vinificou o vinho como fazia seu avô, com uvas colhidas mais cedo, com mais frescor, uma delícia de poucas garrafas… aí vem a truculência do escritório de advocacia da mega indústria para amolar o Mario Sérgio?…
A Cono Sur, vinícola da enorme Concha y Toro que hoje parece ser a terceira maior produtora de vinhos do Mundo, é uma vinícola de volume. Produz vinhos muito bons inclusive e de uvas de cultivo orgânico. Sua linha Bicicleta é acessível e muito bem feita, inclusive, o Riesling dessa linha era uma das melhores compras Abaixo de 50 Paus que conheci mas desapareceu do mercado. Uma pena.
Ela é enorme e seus vinhos são vinhos de prateleiras de supermercados. Ora por favor não Concha y Toro. Vocês não têm vergonha não? Parem com isso.