O Vinho Paulista e o Vinho Artesanal.
A Edição de Natal da Prazeres da Mesa, traz uma matéria minha sobre o Vinho Paulista, que reproduzi abaixo. Nela há minha sugestão sobre a regulamentação dos produtores artesanais, quem sabe o Setor se anima e os Produtores pressionem, para que o Brasil entre em um estágio de maior sensatez no que diz respeito ao Vinho Artesanal. Eu estou fazendo a minha parte e você?
O Vinho Paulista caminha com entusiasmo.
Não sei se o leitor tem essa informação, mas por estudos da Embrapa, cerca de 92 % das terras do Estado de São Paulo têm aptidão climática para a producão de vitis-vinífera. E mais há um trabalho de similaridade desses climas com regiões produtoras da Europa.
Outro fato que talvez você não saiba é que já há vinho bom produzido em São Paulo, cito tres para você: O mais famoso é o Syrah Vista do Chá da Guaspari de Espirito Santo do Pinhal que abocanhou um prêmio inédito para o Brasil, Medalha de Ouro da Decanter World Wine Awards! Nunca um vinho brasileiro havia conseguido isso.
O Entre Vilas de São Bento do Sapucai é um dos ótimos vinhos naturais que se produz no Brasil, feito aqui pertinho na fazenda Frutopia, experimente seu Cabernet Franc e depois me conte.
A Vinícola Goes de São Roque, conhecida por vinhos populares começou investir em castas de vitis-viníferas e logo de saída conseguiu ter seu Cabernet Franc entre os 16 vinhos mais representativos da safra de 2014 na Avaliação Nacional da ABE em Bento Gonçalves, sendo avaliado às cegas por enólogos, entre mais de 200 amostras.
Agora o SPVinho com a Presidência de Fausto Longo, que inclusive é Senador Italiano eleito pelos brasileiros, conseguiu montar uma Frente Parlamentar de Apoio a Vitivinicultura do Estado de São Paulo coordenada pelo Deputado Roberto Morais e mais 24 deputados. Essa frente já organizou quatro grupos de trabalho:
- Estrutura de Apoio técnico e Tecnológico Agroindustrial.
- Política Estadual de Incentivo.
- Legislação, regulamentação e normatização
- Atlas Paulista da Vitivinicultura.
Agrega-se a esse trabalho o Prefeito, Luiz Fernando Machado é hoje o lider da Rede de Cidades Vitivinicolas Paulistas do Estado de São Paulo com nada menos que 74 municípios ligados ao cultivo da uva e a produção do vinho.
Agregue-se a isso o apoio entusiasmado do Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Deputado Arnaldo jardim e do Vice-Governador Marcio França.
Como colaborador do SPVinho já encaminhei sugestão de viabilização dos produtores artesanais seria apenas adaptar a Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006, que acolhe o produtor familiar com as seguintes alterações:
1) Não há necessidade de se usar obrigatoriamente 70% de uvas próprias. Para que isso? Qual o objetivo?
2) Os vinhos devem apresentar análise química atestando que estão aptos ao consumo humano.
3) Pode-se vender para CNPJ ou CPF. Aliás qual a raznao de não poder? A quem interessa isso. Para vender uva esse agricultor pode vender para CNPJ, mas para vender seu vinho não. A quem isso beneficia? Qual razão disso?
4) A produção do vinho não precisa ser necessariamente rural. Centenas de vinícolas na Europa são dentro da cidade. A Huguel por exemplo fica na rua principal de Riquewhir na Alsacia. Qual o problema, basta ter tratamento de efluentes.
5) Limitar a produção em 20 mil litros.
6) Pagar 6% de imposto pelo Simples Nacional.
Agora é trabalhar politicamente com esse grupo. São Paulo promete no vinho.