Vinum Brasilis 2015
Acabo de voltar de Brasília onde a convite da organização da Vinum Brasilis, pude acompanhar o sucesso de mais uma edição dessa que considero das melhores feiras de vinhos brasileiros.
Logo na entrada encontro Diego Bertolini do Ibravin, um dos patrocinadores da feira que me falou do Movimento Compre do Pequeno Negócio em parceira Ibravin e Sebrae que abre as portas por uma luta pelo simples para os pequenos produtores. Tomara, eu visto essa camisa…
Sempre comento que a mesa da DCV dos blogueiros de vinho Eugênio Oliveira e Antonio Coelho é o meu ponto de parada, de descanso e de curtição. Vou lá na chegada, no descanso e na saída… Isso por que eles sempre acrescentam e mostram os vinhos fora da curva do Brasil, que muito brasileiro desconhece, muitas vezes de sua própria adega. Um apaixonado pelo tema e sem preconceitos. Veja o que ele trouxe de sua adega…
Este ano a DCV conseguiu trazer para a feira ninguém menos que o recluso Vilmar Bettú, que parece que agora pegou gosto pela coisa, pois ficou feliz, à vontade e se comportou como um pop star.
Outro que arrasou foi o Eduardo Zenker, “secondo me”o mais criativo e mais livre produtor brasileiro, sempre em busca do inusitado, do novo, do possível do inesperado. Adoro seu trabalho que é radical na pureza da uva fermentada e na inventividade. Sua sinceridade e paixão chegam a comover. Bonito ver isso.
O grande destaque da Vinum Brasilis “secondo me”, foi o Pinot Noir de entrada da Cooperativa Aurora. O Pagliari, grande companheiro de degustações, que sabe tudo, anota tudo e não divulga nada… já havia me falado.
Encontramos logo no primeiro dia o Andrézinho (Andre Perez Filho) enólogo chefe da linha de tintos da Aurora que nos mostrou o Pinot Noir de Pinto Bandeira, numa categoria superior, mas mesmo assim Abaixo dos 50 Paus, vinho que recomendo e que tem parte dos engaços na fermentação, bastante tipicidade, muito bom mesmo. Mas o Pagliari insistiu que eu provasse o que havia falado, o varietal sabem quanto custa? R$ 18,00 !!!!! Esse é o preço de vinho para o Brasileiro.
Pois o Andrezinho providenciou que buscassem uma garrafa, refrescou-a e degustamos. Uma maravilha de vinho para um sanduiche, para o nosso clima, para um roast-beef com salada de batatas, que show. Ele é feito por termo masceraçnao. as uvas desengaçadas sofrem um aumento de temperatura até 60 graus, são prensadas e depois eé fermentado como um vinho branco em baixas temperaturas. Considero um vinho imbatível na relação qualidade e preço. Aliás mais um da Aurora na min ha lista de maravilhas brasucas, ao lado do Espumante Brut Charmat Marcus James, do mesmo preço e mesma qualidade.
Outro destaque foi este Agnvs Malbec 2014 da Lidio Carraro, de leveduras indígenas, fresco, sem madeira, mostrando as caracteríscias verdadeiras da manifestção dessa casta no Brasil e um detalhe, Abaixo dos 50 Paus.
E o que dizer da minha alegria ao rever este vinho, o Rio Sol Winemaker Selection Touriga Nacional. Para a turma do preconceito, um desafio, deguste-o às cegas e seja honesto, dê uma nota só pra você mesmo, em silêncio, em meditaçnao, depois pense o que é fazer isso num inusitado paralelo 8 do planeta. Parabéns João Santos. E olhem, Abaixo dos 50 Paus heim… Desafio Touriga Nacional melhor nessa faixa de preço, pois nem pior há…
Com um rótulo que me desagrada bastante uma maravilha que o brasileiro não compra infelizmente. Um Espumante Tinto delicioso, este da Valmarino de Sangiovese e Pinot Noir é quase rosé e tem uma ótima estrutura e frescor, sem destaque a nenhuma das castas, delicioso e refrescante sem perder a estrutura. Outra delícia Abaixo dos 50 Paus.
Dois úlitmos destaques, mas sem a foto e bem acima dos 50 Paus, pois custam R$ 120,00 cada, são o Pinot Noir de Antonio Dias, um esptáculo que conheço desde o início e está cada vez melhor, e o Assemblage da Quinta Dom Bonifácio, que lamentavelmente não fotografei perdido na conversa. Um show de vinho com cinco castas tintas, evoluído, com couro, traços animais deliciosos.
Assim foi mais uma Vinum Brasilis que quem não foi perdeu. Até 2016.