Chile 3º Dia
Saímos de Via Wines onde tivemos um café da manhã naquela maravilhosa sala de degustações sobre o lago e partimos em direção a Luis Felipe Edwards em Colchagua e depois VIK em Cachapoal.
Esta acima é a entrada da gigantesca Luis Felipe Edwards, que você ve em foto abaixo, que produz quase 30 milhões de garrafas por ano!!!
Eu ainda não sabia, mas era o dia de conhecer dois vales privados, sim, vales privados de vinhedos…
O Nicolas Bizzarri, genro de Luis Felipe e Diretor Comercial da bodega, com passagem por diversas grandes vinícolas em seu histórico, entre elas a famosa Robert Mondavi, que você verá no vídeo abaixo é a prova daquele ditado que diz que o gato que nasce no forno, não é bolinho, é gato.
Ele é um autêntico italiano, nos demos muito bem e adorei seu bom humor e simpatia. Acabei não resistindo e dei um belo de um apertão em suas bochechas com os dedos indicador e médio, como fazia meu pai comigo… Todos riram muito pois não se podia fazer algo assim com o dono do negócio milionário… mas não me contive e ele entendeu.
O Luis Felipe Edwards que não tive o prazer de conhecer (e se livrou de um apertão nas bochechas também…), parece tambeem ter algo de italiano, pois sua bodega tem uma gestão completamente familiar e todos resolvem tudo nos almoços de família. Quer algo mais italiano?
A bodega é impressionante e produz 28.800.000 garrafas de vinhos/ano! eles têm uma estratégia bastante agressiva e inteligente. Não vendem a importadores comuns, mas apenas para supermercados (claro que em países onde a lei permite isso), dessa forma conseguem colocar seus vinhos numa relação de qualidade e preço muito competitiva.
No Brasil seus vinhos chegam pelo Pão de Açúcar, que infelizmente não traz alguns maravilhosos rótulos de Luis Felipe Edwards, como este Rousanne/Marsanne
Ou ainda este Cabernet Franc delicioso
Ou ainda este Syrah fantástico que parece que você comeu um canapé de tapenade, de tanta azeitona preta que tem no retrogosto,
Na linha superior, me encantei também com o C1IOEON um Carignan de vinhas centenárias que também não está no Brasil. Um espetáculo de vinho:
Entre os que o Pão de Acúcar traz estão: O excelente Pinot Noir que tem uma parcela vinificada com leveduras indígenas e com parte dos engaços. O Chile aprendeu definitivamente a fazer Pinot Noir com classe. Largou aquele caminho de excesso de extração que transfigurava a casta e tirava sua elegância natural. No Pão de Açúcar está a R$ 70,00.
O Cabernet Sauvignon que está a R$ 50,00 e que tem tipicidade sem excesso de madeira e cumpre muito bem seu papel.
O sensacional LFE Single Vineyards de Syrah (50%), Cabernet Sauvignon (28%), Carmenère (8,5%), Mourvèdre (5,5), Malbec (3,8%), Petit Verdot (2,5%) e finalmente Grenache (1,7%). Um vinho espetacular que vale os R$ 100,00. Recomendo, um dos melhores da viagem.
E ainda o caro R$ 150,00 mas espetacular Malbec LFE Reserva de uma parcela especial, com tipicidade, frescor e elegância. Um vinho para dar pau em muito malbec argentino. Show!
Foi uma grande e agradável surpresa para mim conhecer essa bodega, seja pela qualidade de seus vinhos, pela inusitada gestão dos negócios, seja por sua estratégia comercial, seja pela beleza do lugar. Grazie Amigos. Sucesso!
Agora iríamos para VIK, um projeto surpreendente em mais um vale particular, de um empresário norueguês Alexander VIK, foto acima, que investiu uma fortuna (fala-se em U$ 100 milhões), mas o valor não é revelado.
Ele é proprietário também da charmosa estância VIK em San Ignacio no Uruguay…
Depois de muita procura, encontrou em Colchagua, no Vale de Millahue (Lugar de Ouro) o ponto que lhe seduziu para fazer o melhor vinho do mundo (sic) veja abaixo seu vale…
Alexander contratou o experiente, competente e simpático Patrick Valette para executar o projeto, onde hoje é o CEO, que levou o enólogo frances Gonzague de Lambert para cuidar do Marketing. Foi ele quem nos recebeu e nos mostrou todo o projeto. Gravei com ele na ocasião, quando ele falou do tamanho da propriedade e das variedades cultivadas lá, onde e porque. veja:
O hotel estava em reforma e nós ficamos hospedados na cabana escandinava, charmosa e com todo conforto e aconchego necessários.
Um privilégio, isso, não ficaria mais contente no hotel não, tenho certeza.
Desse ponto se podia avistar a maravilhosa vinícola VIK…
Um fato muito interessante aconteceu em nossa visita e degustação de parcelas na bodega VIK.
O Gonzague nos trouxe o vinho e as sete parcelas que entraram no corte, em separado, para que nós pudéssemos fazer o nosso próprio assemblage.
Eu procurei as amostras mais frescas e fiz meu assemblage… o que aconteceu? O vinho ficou mais pesado que o original… veja que essa magia de assemblage não é para qualquer um não…
Começava a cair a noite e fomos para um banho quente e o jantar com as primeiras safras de VIK em companhia de Patrick Valette. Gravei com ele sobre o projeto e esse seu momento. Veja:
Que privilégio foi nossa noite, conversando com Patrick que estava descontraído e feliz e nos deu uma aula sobre os diversos porta encherto que usou e por que em cada tipo de terreno e para cada tipo de casta. Contou de suas lembranças do tempo de Pavie, de sua vida com seu pai, sua juventude, de vinhos inesquecíveis… Daria um filme lindo, mas eu não poderia cometer a deselegância de grava-lo nesse momento, até por que acabaria na hora o encanto e a descontração. Sorry amigos, ficou apenas na minha memória e não da minha FLIP…
Grazie a VIK, grazie a a BrandAbout. Saúde!!