6 anos de Arola Vintetres!!
Eu ontem tive o prazer de conhecer e jantar em companhia do chef Sergi Arola que está no Brasil e acaba de renovar seu contrato após completar com sucesso seis anos de Brasil. Prazer maior ainda de dividir a mesa com tantas moças lindas e jovens, jornalistas da área e blogueiras de incrível audiência, que sempre alegra o meu coração, sentou-se ao meu lado a competente e séria Cris Couto que encantou ainda mais a minha noite.
Para quem não sabe (eu não sabia), o Arola é uma operaçnao gigantesca de mais de dez restaurantes em Madrid, Barcelona, Sintra, Lisboa, Chile, São Paulo, Abu-Dabi, Istambul ! O homem é apixonado por pupunha. Adora e considera uma preciosidade.
Entusiasmado apresentou seu cardápio, que incluiu:
Snacks do Chef, harmonizados com Cava Codorniu Classico e Coktails.
Ajoblanco harmonizado com Tio Pepe Jerez Fino.
Tapas Frias: Kobe Beef, Ceviche de Pargo e Salpicão de Centolla (divino), harmonizado com Viña Verdeal Vedejo Rueda 2013 (foi o prato e a harmonização da noite “secondo me”não desfazendo dos outros, também em função do vinho que é Abaixo dos 50 Paus.
Tapas Quentes: Tortillas de batata e Cebola, Polvo Guisado na Brasa e Rabo de Boi servido em Massa Caseira harmonizado com Robert Mondavi Fumé Blanc de napa Valley 2005.
Arroz Cremoso de Lagosta harmonizado com Gran Feudo Rosado Garnacha de Navarra 2012.
Filé Ibérico Confitado com abacaxi, endivias e Quenelle e Batata harmonizado com o Viña Collada by Marques de Riscal Tempranillo da Rioja 2011. Prato e vinhos maravilhosos.
Sobremesa Chocolate 1,2,3,4 e 5 harmonizado com El Candado Jerez Pedro Ximenez. Que vinho. Para mim ele bastava como sobremesa, mas ficou simplesmente impecável com o show de cinco choclates diferentes entre biscoito, mousse, sorvete e creme. Show.
As harmonizações estiveram a cargo da bela e competente Gabriele Frizon, que merce destaque e que me fez companhia em minha antecipada chegada.
Em nossa conversa sobre o restaurante, o mercado, os vinhos brasileiros soube coisas interessantes dela.
Primeiro que o hotel por ter um público de um nicho de turistas e empresários, passa à margem de um mercado normal e vai muito bem.
Em segundo que como filha de um pioneiro, o conhecido Celso Frizon, nosso amigo de facebook, e que não sabia foi um dos primeiros introdutores dos vinhos Miolo e Dom Laurindo em São Paulo lá pelos idos de 1996. Ele pode se orgulhar da filha que tem.
E por último um depoimento lamentável, que mostra a mediocridade de tantos freqüentadores desinformados e preconceituosos hoje em dia em nossa sociedade snob. Como havia perguntado sobre o interesse dos turistas em nosso vinho, ela me contou que sempre gosta de sugerir vinhos brasileiros (sua carta ainda é pequena nesse ítem, mas ela está reformulando e vai aumentar), e que invariavelmente o turista se admira e gosta do que prova, mas é comum que quando estão acompanhados de brasileiros, estes recusam nosso vinho de ante mão!!
Imaginem que houve um caso em que o estrangeiro perguntou a ela sobre nossos vinhos e quando ela sugeriu dois rótulos distintos, foi cortada pelo brasileiro que disse textualmente: Não, não. Nosso vinho não é bom. Imaginem isso gente. Vejam que trabalho árduo temos pela frente. Alguém sabe de algum país produtor de vinhos em que cena semelhante pudesse acontecer?…
É… a Grabrile tem um longo trabalho pela frente. e deixo a pergunta: Será que os produtores brasileiros conhecem a Gabriele? Será que já a convidaram a visitar suas vinícolas? Será que sabem o que ela tem feito profissionalmente por eles?