O Brasil sabe “Precificar” seus vinhos? Acho que não.
Ontem provei dois Sauvignon Blanc da Campanha Gaucha, um o Raizes da Casa Valduga R$ 38,00, excelente, delicado, fresco, leveduras selecionadas mas sem aquele exagero de “tipicidade” comprada. Um vinho realmente elegante que foi o que mais gostei no evento do Ibravin em São Paulo.
O outro foi o Bueno Bella Vista Estate R$ 65,00, não me encantou, um pouco plano, desencontrado, sem personalidade, sem uma proposta clara, dizendo “sou isto”.
A reflexão porém ficou na questão de precificação. Ambos da mesma casta, ambos de empresas grandes com o perfil de custos bastante próximos, acredito, ambos da mesma região, ambos com a mesma garrafa. Por que um custa o dobro do outro? O dobro senhores! Será que sabemos precificar?
Nem vou entrar na questão do mercado e seus pares concorrentes de fora, onde no colado Uruguay encontramos Sauvignon Blanc excelentes a R$ 25,00, mas entre nós mesmos. Qual a planilha de custo usada? O que contempla? Como pode essa discrepância? E o consumidor o que pensará?
Bem, curiosidades a parte, fique com o primeiro que “Secondo Me” dá um banho e com a diferença compre um bom queijo de cabra da Paulo Capri, um Chabichou por exemplo que combina muitíssimo bem com Sauvignon Blanc, arranje uma boa companhia e deixe o problema de custo e qualidade para para o Galvão Bueno e o Adriano Miolo… Saúde!