O vinho brasileiro NÃO precisa de Salvaguardas
Minha agenda de degustações é bastante pesada e muitas vezes tenho que abrir mão de convites de produtores, importadores, de revistas, jornais, grupos de amigos, confrarias, etc., por que se sobrepõem no mesmo horário. Faz parte deste trabalho que é um grande prazer.
O Regis Ghelen de Oliveira, editor da VINHO & CIA. faz costumeiramente degustações com foco nas comidas triviais, bem próximas dos consumidores comuns. Nem sempre consigo participar, mas adoro a idéia de proximidade com o mundo real do consumidor comum, aquele que procura os vinhos de até “50 Paus”. Gosto disso.
Ontem consegui participar de uma delas que você ficará sabendo na próxima edição do Vinho & Cia., e que tratava de Pizza Calabresa com vinho. Foram 32 amostras de vinhos de diversas procedências e o grupo de degustadores tinha que dizer se determinado vinho “Harmonizava bem” ou se “Harmonizava” apenas, ou ainda se “Sobrepunha” tanto o vinho ou a pizza e por tanto não era harmonização ideal.
Pois acreditem meus amigos, das 12 melhores preferências, as 5 primeiras eram de vinhos brasileiros! E melhor ainda, o campeão de todos foi um vinho que não me canso de indicar como dica abaixo dos “50 Paus”. Não vou dizer qual foi, claro, aguardem a edição do Vinho & Cia para saber.
O fato é que o Vinho Brsileiro NÃO precisa de Salvaguarda nenhuma, precisa trabalhar, degustar e divulgar. Precisa focar nas suas aptidões e tipicidades e parar de imitar vinho de fora. Aceite e se orgulhe de sua tipicidade e seu carater. Beba vinho brasileiro, os bons e os baratos.