Biodinâmicos, alguns porquês?
Alguns porquês?
Por que os vinhos orgânicos, naturais e biodinâmicos causam tanto incômodo ao mercado do vinho refém da indústria química?
Por que taxar de esotéricos, místicos e curandeiros, pessoas que produzem seus vinhos como seus ancestrais faziam?
Por que a humanidade viveu onze mil anos fazendo uma agricultura pura, sem química e agora acha que não pode mais?
Por que mesmo entre os céticos e críticos da Biodinâmica ninguém poda uma videira na lua minguante e não engarrafa seus vinhos em lua cheia?
Por que a humanidade reconhece as influências da Lua sobre a nossa natureza e desconsidera a influência de outros astros ou planetas?
Alguém pode, sinceramente aceitar que neste vasto Universo em movimento e misteriosa harmonia, apenas a Lua exerce influência na vida da Terra? A era de Galileu já passou gente.
Por que chamar de esoterismos ou misticismos, práticas que a ciência não sabe explicar? Não seria mais inteligente estudar? Pesquisar?
Por que um esterco que é introduzido num chifre de vaca e enterrado de um equinócio a outro, fica 80 vezes mais potente que o que não passa por esse processo? A ciência sabe dizer? Seria bruxaria?…
Por que uma substância quanto mais diluída e dinamizada tem efeito maior? Isso é bruxaria?
Por que uma indústria não se interessa em estudar um negócio onde menos é mais, em benéfico da humanidade em vez do benéfico apenas de seus acionistas? Não daria para fazer as duas coisas?
Por que as notícias sobre a contaminação do solo de Bordeaux não ganham a mídia?
Por que falar em terroir em vinhedos quando se usa clones, as leveduras não são indígenas, os aromas artificiais vêm junto com as leveduras compradas e as raízes crescem para os lados e para cima? Terroir de quem? Da onde?
E afinal… Por que os vinhos biodinâmicos são mais delicados, mais sutis, mais longos e com mais tipicidade? Apenas para citar alguns: Le Roy, Domaine de La Romanée Conti, Château Le Puy, Clos de La Coulée de Serrant, Egly-Ouriet, J.C.Rateau, Pierre Frick, Marcel Deiss, Zind Humbrecht, Ostertag, Josmeyer, Michel Lafarge, Leflaive, Comte Armand, Catherine et Dominique Derain, La Grave, Rousset Peyraguey, Fleury, André et Mireille Tissot, Léon Barral, Rimbert, Domaine de Trevallon, Chapoutier, Nikolaihof Wachau, Rainer EYMANN, Günther SCHÖNBERGER, Ricardo Pérez PALACIOS, Domino de Pingus, Alvaro ESPINOZA, Seña, entre outros. Como? Não conhece? Então experimente e pense.
Aquilo que se denomina “acaso” é apenas falta de conhecimento.